Em 2016, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) certificou o Brasil como um país livre de sarampo. Três anos depois, o país perdeu a certificação, quando o Ministério da Saúde confirmou 20.901 casos de sarampo distribuídos em quase todos os estados. A doença, definida como altamente contagiosa, foi registrada, neste ano, em 21 estados incluindo o Ceará.

SOBRE A DOENÇA

O pediatra Walden Neto em entrevista à nossa equipe de reportagem afirmou que o sarampo é uma infecção viral provocada por um vírus que é transmitido muito facilmente através de gotículas ou saliva. Os sintomas mais comuns são febre, irritação nos olhos, mal estar, manchas na pele e na língua, em alguns casos a doença pode ser complicada com uma pneumonia. O sarampo é evitado através da vacina, mais conhecida como a tríplice viral, (contra os vírus do sarampo, caxumba e rubéola) que faz parte do calendário vacinal do Sistema Único de Saúde (SUS).

OS DADOS

De acordo com os dados da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), em 2020, foram notificados 58 casos suspeitos da doença, mas somente 7 foram confirmados. Em 2021, após 13 meses sem confirmação de novos casos, o estado teve a confirmação de dois casos de sarampo no município de Massapê, e um caso no município do Crato.

A equipe de reportagem conversou com a Secretaria Municipal de Saúde de Crato, que afirmou através de nota as ações da pasta sobre o caso, “após comunicada, a equipe da SMS iniciou a investigação epidemiológica em campo e realizou as medidas adequadas, de acordo com os protocolos preconizados pelo Ministério da Saúde” e que “a paciente encontra-se com estado geral de saúde bom, realizando suas atividades e nenhum dos contactantes apresentaram sinais ou sintomas da doença, até o momento”.

A região do Cariri apresenta “alto risco” e “muito alto risco” de reintrodução do vírus do sarampo de acordo com os parâmetros da Sesa. Apesar da vacina ser a única maneira de prevenir a doença e conter o contágio, a Cobertura Vacinal (CV) entre janeiro e setembro de 2021 na região do Cariri, teve menos de 95% da sua cobertura atingida, registrando taxa de abandono maior que 10%.

A Sesa reitera, no documento, a necessidade de manter a regularidade dos serviços de vacinação especialmente em crianças de 6 meses a menores de 1 ano e avaliar e monitorar rotineiramente os dados de vacinação.

Fonte: Site Miséria

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