Um meteoro luminoso cruzou os céus do Ceará, Paraíba e Pernambuco na noite da última quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022, e foi registrado por câmeras de monitoramento. O objeto foi registrado às 19h09min em sete cidades pelo portal Clima ao vivo, sendo quatro delas no Cariri cearense: Barbalha, Milagres, Missão Velha e Juazeiro do Norte.

De acordo com o astrônomo amador e diretor técnico da Brazilian Meteor Observation Network (Bramon), Marcelo Zurita, é possível afirmar que o meteoro teve a trajetória de sudoeste para nordeste, passando sobre a região do sertão da Paraíba, indo em direção às cidades de Patos e Santa Luzia. Estudos ainda estão sendo feitos para maiores detalhes.

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“Temos a nossa rede de câmeras, que cobre boa parte dos céus brasileiro, mas esse meteorito não foi registrado por elas. Quando temos o registro em pelo menos duas câmeras, conseguimos por triangulação determinar a trajetória rapidamente. Feito em outras câmeras, os cálculos são feitos manualmente, o que leva mais tempo”, explica o astrônomo.

O astrônomo Marcelo Zurita, explica que o aparecimento de meteoros nos céus do Brasil é comum, mas o diferencial do objeto observado na noite de quarta-feira está na luminosidade da rocha. “Nós registramos cerca de 100 meteoros todas as noites no Brasil pelas câmeras da Bramon. São raros os meteoros mais luminosos, aqueles gerados por objetos maiores que entraram na atmosfera. Esse da noite de quarta-feira foi mais luminoso do que a maioria, mas não foi tão grande assim. Meteoros com essa magnitude nós registramos dois ou três por semana”, afirma.

A aparição de rochas nessa época do ano chama atenção dos pesquisadores, já que não é comum e não ter o céu limpo atrapalha a observação. "Nessa época do ano não costumamos ter tantos meteoros, ninguém sabe exatamente o porquê ainda, não é uma coisa explicada pela ciência. As nuvens acabam atrapalhando a visualização desse tipo de fenômeno”, disse Zurita.

O que são meteoros?

Para Marcelo Zurita, meteoro é um fenômeno luminoso provocado pela passagem atmosférica de um rocha espacial em alta velocidade, que orbitam o sol, vagando pelo sistema solar e podem entrar na terra. "Eventualmente, quando as rochas atingem a terra, a velocidade é tão alta, que elas comprimem o gás a sua frente, fazendo com que o gás comprimido e aquecido brilhe como se fosse uma lâmpada", explica o diretor técnico.

Fonte: O Povo

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