Segundo previsão de instituições financeiras, os remédios terão um reajuste de mais de 10% a partir de 1º de abril de 2022. Mais de 10 mil medicamentos são regulamentados e reajustados uma vez por ano.

Quem define os valores é o CMED (Comitê Técnico-Executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), que é o órgão interministerial responsável pela regulação do mercado de medicamentos, e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) exerce o papel de secretária-executiva.

O CMED disponibiliza uma lista com o preço máximo de cada medicamento. Para consultá-la, clique aqui.

O cálculo para reajuste tem como base uma fórmula específica, que leva em consideração:

a inflação medida pelo IPCA;
a produtividade do setor (fator X);
energia;
câmbio;
fator de ajuste de preços relativos entre setores (Y); e
fator de ajuste de preços relativos intrassetor (Z).

As previsões ainda podem ser ajustadas, já que o mercado financeiro espera a definição sobre os valores de preços relativos entre setores (Y). A produtividade do setor farmacêutico (X) e os preços intrassetor (Z) foram zerados neste ano.

“Se o fator Y vier zerado, nossa projeção para um reajuste fica em 10,5% a partir de abril. Sendo assim, a inflação de fevereiro – consolidada em 10,54% – deverá ser integralmente refletida no reajuste autorizado pelo CMED em abril, visto que todos os outros fatores ficaram zerados”, explicou o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez.

Em janeiro, o Citi divulgou um relatório em que também previa uma alta de cerca de 10%. “Vemos as notícias de forma positiva para o setor [farmacêutico], pois devem permitir que as empresas compensem alguns dos recentes ventos contrários de custo decorrentes de oscilações cambiais e interrupções na cadeia de suprimentos", observaram os analistas Leandro Bastos e Renan Prata na ocasião.

No ano passado, o aumento foi de até 10,08%. Em 2020, devido à pandemia, o reajuste no preço dos medicamentos foi suspenso por dois meses, passando a valer em 31 de maio. Na época, o aumento máximo foi fixado em 5,21%.

Fonte: Estadão

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