A Polícia Civil de Patos, Sertão da Paraíba, revelou detalhes de uma tragédia familiar ocorrida na tarde deste sábado (19 de março de 2022) quando um adolescente de 13 anos matou a mãe, a consultora Iranilda de Sousa Medeiros Araújo, 47 anos, e um irmão de sete anos de idade, e ainda deixou baleado com um disparo de arma de fogo, o pai, o sargento reformado da Polícia Militar, Benedito José de Araújo, 56 anos.

Segundo o depoimento, ele cometeu o crime porque a família o proibiu de usar o celular para jogar e para conversar com os amigos e porque era pressionado por notas boas.

O menino foi apreendido pouco depois do crime e levado para a Delegacia de Homicídios e Entorpecentes da Polícia Civil em Patos. Seu depoimento foi prestado na presença de uma advogada e de uma parente. O delegado Renato Leite está responsável pelo caso.

De acordo com Renato, já é possível fazer uma reconstituição dos fatos. O pai do menino foi à farmácia comprar um remédio para a esposa e, pouco antes de sair de casa, retirou o celular do menino, no que foi definido pela criança como sendo “a gota d’água” que desencadeou o crime.

Quando o pai retornou da farmácia, já encontrou a esposa morta, baleada quando estava deitada. Encontrou o filho com a arma na mão e pediu para ele soltar o revólver. Ao invés disso, o menino atirou no pai e o atingiu no tórax, deixando-o gravemente ferido.

Com o barulho dos tiros, o irmão do suspeito, de sete anos, correu para abraçar o pai. Acabou sendo baleado pelas costas e morrendo no local.

Ainda de acordo com o delegado, o suspeito, depois dos tiros, guardou a arma do pai e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O pai foi levado para o hospital e está internado em estado grave.

No início, a criança negou o crime. E a própria polícia achava, a princípio, que ele era vítima, sobrevivente de uma chacina. Depois, contudo, no desenrolar das investigações, ele foi apontado como suspeito. E, na delegacia, acabou confessando.

A criança está na carceragem da Polícia Civil de Patos aguardando audiência de apresentação. Segundo o delegado, é provável que ela seja internada provisoriamente em medida provisória contra menor infrator. Após a apreciação judicial, ele deve ser ser enviado para o Centro Especializado de Reabilitação de Sousa.

O velório da mãe e do irmão vão acontecer numa igreja próxima da casa onde a família morava.

Fonte: g1 PB (adaptada)

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