Fábrica da Toyota em São Bernardo do Campo, SP. Foto: Divulgação

A Toyota anunciou nesta terça-feira (5 de abril de 2022) que vai fechar a sua fábrica em São Bernardo do Campo - a primeira fora do Japão - e transferir a produção para suas outras instalações fabris no estado de São Paulo.

A montadora afirmou que a mudança será feita de forma gradual a partir de dezembro com conclusão prevista para novembro de 2023.

"É importante dizer que o movimento prevê manutenção de emprego, ou seja, será oferecida oportunidade a 100% dos colaboradores que hoje trabalham na operação do ABC paulista", afirmou a montadora.

A fábrica da Toyota em São Bernardo do Campo foi aberta em 1962 e emprega cerca de 550 funcionários. A unidade produz componentes que abastecem a fábrica de motores em Porto Feliz (SP), que servem aos modelos Etios, Yaris e Corolla, e exporta peças para os Estados Unidos, para montagem do motor do sedã Camry, segundo informações da empresa.

O anúncio foi feito alguns dias depois que a montadora divulgou investimento de R$ 50 milhões em sua fábrica em Indaiatuba (SP), que produz o Corolla sedã.

O plano prevê a transferência das atividades de São Bernardo do Campo para fábricas em Indaiatuba, Porto Feliz e Sorocaba. "A iniciativa tem por objetivo buscar mais sinergia entre suas unidades produtivas e faz parte de busca de mais competitividade frente aos desafios do mercado brasileiro e da sustentabilidade de negócios no país", afirmou a montadora.

Com o fechamento da fábrica da Toyota em São Bernardo do Campo, o estado de São Paulo acumula nos últimos anos anúncios de fechamentos de três fábricas de veículos.

Antes do anúncio da montadora japonesa, a Ford, anunciou fechamento de fábrica em São Bernardo do Campo e Mercedes-Benz, em Iracemápolis. Esta última foi vendida à chinesa Great Wall Motors.

Segundo dados da associação de fabricantes de veículos, Anfavea, em 2021, pela primeira vez na história, o Estado de São Paulo não liderou as vendas de veículos no país, cedendo o posto a Minas Gerais e amargando uma queda de 8%.

Fonte: g1

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