A Casa da Diversidade Cristiane Lima está completando seu primeiro ano de atuação junto à população LGBTQIAP+ de Juazeiro do Norte e, em comemoração ao primeiro aniversário desse projeto, durante toda essa semana acontecerão diversas atividades alusivas à celebração. É importante destacar que esta semana foi formado o primeiro grupo das mães da diversidade, dentre outras rodas de diálogos pertinentes à população LGBTQIAP+, além de entregas de kits de higiene e cestas básicas, atendimentos médicos, psicológicos, sociais, jurídicos, etc.

Com o objetivo de combater o aumento da violência, ampliar ações de acolhimento e dar voz à população LGBTQIAP+, a Casa da Diversidade Cristiane Lima foi a primeira a ser instalada no interior do Estado. A Instituição funciona há um ano, com a proposta de ser um local de acolhimento e convivência.

A casa fornece serviços à população LGBTQIAP+ voltados para a preservação da saúde integral, como: consultas médicas, acompanhamento psicológico, massoterapia, serviços de enfermagem, além da promoção do bem viver social, com assessoria jurídica e atendimento social com profissionais ligados a diversidade da população do município.

Nos últimos 12 meses aconteceram mais de 2 mil atendimentos junto à população LGBTQIAP+, além de grandes conquistas alcançadas, a exemplo da parceria para concessão de bolsas de graduação 100% integral, cursos profissionalizantes para ingresso no mercado de trabalho formal, oferta do auxílio- trans e, através das ações de advocay, foi a grande impulsionadora para a criação da lei de cotas para o ingresso de pessoas trans e travestis no serviço público municipal de Juazeiro do Norte em cargos efetivos e temporários.

Quem foi Cristiane Lima?

A Instituição foi batizada em homenagem a Cristiane Lima, importante ativista pelos direitos da população LGTQIAP+ e das pessoas que vivem com HIV/Aids de Juazeiro do Norte. Nascida em 30 de abril de 1962, Cristiane desde cedo assumiu sua orientação sexual e identidade de gênero, vivendo em diversos estados do país e buscando aceitação por ser quem era.

Na Região do Cariri, Cristiane ficou conhecida como uma grande carnavalesca, onde desfilava como Chica do Ralley. A ativista assumia publicamente sua vivência com o HIV, sendo porta voz de muitas pessoas que não possuíam o diagnóstico aberto como ela. Infelizmente, Cristiane Lima faleceu em julho de 2020, sendo mais uma das vítimas da COVID-19.

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Assessoria Commonike

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