Após passar por um transplante de medula óssea e confirmar o sucesso do procedimento, a jornalista Marina Alves comemorou mais uma importante etapa de seu tratamento. A repórter da TV Verdes Mares teve alta hospitalar no último sábado (14 de maio de 2022), após passar 47 dias internada.

Em um post nas redes sociais, Marina descreveu as dificuldades enfrentadas durante as semanas de internação para o transplante, citando desde as fortes reações com a quimioterapia à luta para tratar doenças que foram surgindo no processo. 

"Eu sabia que o transplante seria a etapa mais difícil do tratamento. Mas foi só passando por ele, dia após dia, que entendi a complexidade e a luta do corpo pra aceitar a nova medula. Cada um reage de um jeito, claro. No meu caso, com doadora 50% compatível, se tornou ainda mais difícil", escreveu.

Marina acrescentou que as reações às quimioterapias ocasionaram uma infecção na garganta. Em decorrência disso, a repórter precisou passar cerca de 20 dias sem engolir nada. 

"Sonhava com um copo d’água. Fui pra ventilação mecânica, vomitei sangue e supliquei o fim daquele sofrimento (sem chorar por causa da dor). Foram 47 dias de internação e eu venci", comemorou. 

Luta que continua
A repórter aponta ainda que "a luta continua". Após deixar o hospital, no entanto, ela deve retornar à unidade de saúde três vezes por semana para exames e acompanhamento. Além disso, Marina precisa passar por todo o esquema vacinal novamente. 

"São muitas medicações, exames, consultas e isolamento até começar a tomar todas as vacinas. Mas me sinto pronta para mais uma vitória. E o principal: valorizando (ainda mais) as coisas 'simples' da vida", acrescentou.

Como funciona o transplante de medula
O processo de transplante de medula óssea é realizado como uma transfusão de sangue, esclareceu o hematologista Paulo Roberto Souza.

“Transplante de medula óssea é muito mais como se o paciente recebesse uma transfusão de sangue, do que como se o paciente a recebesse durante uma cirurgia. Na verdade, o ato do recebimento das células do doador, que é o transplante em si, o paciente recebe pela veia, através de um cateter.”
PAULO ROBERTO SOUZA
Hematologista

Antes do procedimento ser realizado, no último dia 5 de abril, o linfoma da jornalista já estava em estado de remissão, quando não é detectado em exames. No entanto, como explicou o especialista, as estatísticas demonstram, que devido à gravidade do tipo da doença, os pacientes que recebem uma nova medula têm mais chances de cura a longo prazo.  

Após o transplante, a repórter continuou no hospital por alguns dias, período em que os profissionais de saúde analisaram se a nova medula foi integrada ao corpo da paciente. Com a evolução positiva do caso, ela poderá retornar para casa, mas, por pelo menos um ano após o procedimento, terá que ser acompanhada de perto pelos médicos e usar medicação específica.

Fonte: Diário do Nordeste

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