Os cães Scooby e Pipoca viraram notícia ao serem pajens do casamento de seus tutores em Nova Olinda, no Cariri, em maio deste ano. O padre que celebrou o sacramento reprovou a presença dos bichos e não deu a bênção final.

Os dois vira-latas atualmente vivem em uma casa cuidados pelos recém-casados, Eliwelton Silva, 24, e Brenda Jamilli, 19 anos, mas já passaram pelo abrigo Instituto Lilica, onde o casal é voluntário.


Pipoca tem 3 anos, é cega e foi abandonada em um lixão. Encontrada amarrada, com uma grande ferida na cabeça, desnutrida e anêmica, ficou no Instituto Lilica, em Nova Olinda, mais de 9 meses para se recuperar, tendo de enfrentar até cirurgia. Com muita dificuldade, superou a situação. As caminhadas para distrair a cadela foram essenciais para que ela "escolhesse" os tutores, dois voluntários do Instituto.

“Pipoca sempre foi na dela, de ficar no canto dela, passamos a passear fora do abrigo para que ela pudesse se distrair, foi aí que ela nos escolheu. Sempre que chegávamos, ela já ia nos encontrar”, diz a tutora Brenda Jamilli.


Scooby tem 1 ano e meio, também foi abandonado. Ele foi vítima de atropelamento. A pata direita foi atingida, fazendo com que ele ficasse com uma deficiência. Depois de mais de 6 meses no mesmo abrigo que a Pipoca, ele também ganhou os tutores.

Sempre muito brincalhão, gosta de chamar a atenção. E mesmo com o problema na pata, ele nunca ficava triste e adorava passear antes de ser adotado.

Família unida, mas com características diferentes
Os dois vira-latas são as companhias dos recém-casados. Estão com o casal desde janeiro deste ano e são parte da família. Mas a amizade entre Scooby e Pipoca é antiga. Ainda de acordo com a tutora, o Scooby sempre cuidou da cadela, ele é muito protetor. E desde que passaram a morar juntos numa casa, eles se dão muito bem, são muito apegados e carinhosos. Porém, tem um detalhe, o Scooby é um pouco mais "ciumento".

Projeto Lilica
Mas nem todos animais que vivem em abrigos conseguem um lar. No Instituto Lilica, hoje são cerca de 130 animais esperando por adoção. O abrigo existe há 5 anos e resgata cães e gatos vítimas de maus-tratos, atropelamentos e com alguns tipos de doenças. Lá eles passam por triagem, são tratados e encaminhados para adoção. E dependem também de voluntários e doações para os cuidados diários com os pets, desde limpeza a alimentação.

“Abrigo não é lugar de animal ficar para sempre, é lugar de você resgatar, cuidar e depois ele deve ir para um lar”, afirma a voluntária Francisca Leite.

Fonte: g1 CE

Post a Comment