O cantor e compositor juazeirense Fábio Carneirinho acaba de gravar em ritmo de forró, uma música que vai ecoar no período que antecede, durante e depois do Dia do Pau da Bandeira, em Barbalha.

Carneirinho esbanjou talento na letra, na melodia e no ritmo de “O BAQUE NA RUA DO VIDÉO”. O artista não economizou vitalidade. Colocou som de “pife” na sanfona, bateria, um triângulo discreto e um zabumba intenso do começo ao fim. Enquanto canta, a sanfona solta solos que atestam o cuidado com a qualidade do arranjo. A voz afinada transmite energia, o que é bem característico no repertório de Fábio. O que não faltou foram as back vocals, um coro de vozes que repetem o refrão, algo bem próprio do forró tradicional. Um show.

Fábio Carneirinho, que está em João Pessoa para fazer show nesta sexta-feira e de lá vai a Fortaleza, onde canta neste sábado, afirmou ao portal Badalo que a ideia da música foi inteiramente sua. Disse que a compôs em dezembro passado, mas só agora conseguiu gravar exatamente como queria.

Para o consagrado artista caririense, nem as sucessivas viagens à Europa, nem as parceiras com outros artistas famosos de vários ritmos, nem a agenda lotada de shows pelo país, conseguem tirar da sua cabeça, as raízes da autêntica música nordestina, que ele completa com letras de motes locais, já tendo cantado belezas e encantos de cidades caririenses. Sem dúvida, já pode ser colocado entre os grandes nomes da música brasileira de raízes nordestinas.


O BAQUE NA RUA DO VIDÉO
(Letra e música: Fábio Carneirinho)

Cana-de-açúcar deu lugar a bananeira
Cortando o pau da bandeira
Soldadinhos vão cantar
Reisado, pife, cabaçal, bacamarteiro
Eu vou seguindo o cortejo da cultura popular

O baque na Rua do Vidéo
Mais se parece com o ronco de um trovão
Em meio àquele povaréu
O pau caindo a mando do capitão
Menina que já bebeu do chá
Na esperança de encontrar com seu amor
Pro santo com fé eu vou rezar
A simpatia que a solteirona ensinou

Cana-de-açúcar deu lugar a bananeira
Cortando o pau da bandeira
Soldadinhos vão cantar
Reisado, pife, cabaçal, bacamarteiro
Eu vou seguindo o cortejo da cultura popular


Barbalha, povo feliz
Mel de engenho ainda produz
Quermesse lá na Matriz
Ao som do órgão um canto a Jesus
As fontes são cristalinas
E regam flores, manga e pequi
E Anjos da Medicina
Cuidam do povo do Cariri                     (Badalo.com.br)

Post a Comment