Após
três anos de crise econômica e sendo o último aspecto a se recuperar, o nível
de empregos apresentou uma leve melhora no fim de 2017 no Estado do Ceará. Nos
três últimos meses do ano passado, o Estado contou com 215 mil pessoas a mais
ocupadas, dado que representa alta de 6,3% em relação a igual período de 2016.
A
melhora ocorreu também a curto prazo, na comparação entre o terceiro e o quarto
trimestre do ano passado, intervalo em que 139 mil cearenses passaram a ter uma
ocupação, avanço de 4%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostras de
Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada esta sexta (23) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foi
observado também redução de 6,8% no montante de pessoas desocupadas, com a
saída de 33 mil trabalhadores dessa classificação na passagem de 2016 para
2017. Ainda assim, falta emprego para 451 mil trabalhadores no Estado. Paralelo
a esse resultado, o número de empregados no setor privado com carteira assinada
sofreu redução de 0,4% (-4 mil).
A
alternativa encontrada para continuar honrando os compromissos para uma boa
parcela dos desempregados foi criar o próprio negócio. Os autônomos somavam
mais de um milhão de trabalhadores no fim de 2017, 83 mil a mais em relação ao
ano anterior, representando mais de 28% de todas as pessoas ocupadas no Ceará
no período.
Na
mesma base de comparação, o funcionalismo público apresentou o segundo maior
crescimento em número de empregados, com 47 mil novos servidores, incluindo
estatuários e os militares.
Atividades
Por
grupamentos de atividade, o comércio e reparação de veículos foram os que mais
contrataram, abrindo 111 mil novas vagas e atingindo a marca de 845 mil trabalhadores,
uma alta de 15,2%. Em contrapartida, agricultura, pecuária, produção florestal,
pesca e aquicultura reduziram o número de empregados em 7,3%, deixando 29 mil
cearenses desocupados.
Já
o rendimento dos trabalhadores cresceu em 6,1% no último trimestre de 2017 ante
igual período de 2016, chegando a média de R$1.429 por pessoa. Os servidores
públicos tiveram o maior aumento, recebendo, em média, R$264 a mais no fim de
2017 ante 2016. Em valores absolutos, os empregadores seguem com os maiores
salários (ganho médio de R$ 3.740). (Diário do Nordeste)
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