Depois
de um processo conturbado em que permaneceu neutro publicamente, o governador
de São Paulo, Geraldo Alckmin, elogiou o prefeito João Doria no dia das prévias
que definirão o candidato do PSDB à sua sucessão.
Em
agenda ao lado de Doria, um dos quatro pré-candidatos tucanos, e do
vice-prefeito da capital, Bruno Covas, Alckmin foi estimulado a disputar a Presidência da República e
elogiado pela trajetória política.
"Quero
agradecer o João Doria, nosso prefeito da capital, o João trabalhador",
disse Alckmin neste domingo (18), na entrega de um conjunto habitacional em
Jaraguá. "Ele acorda cedo e dorme tarde."
Favorito, Doria elogiou entusiasticamente Alckmin,
que, como ele, deve deixar o governo em 7 de abril para disputar a
eleição.
"Aqui
de São Paulo sairá o maior exemplo de força e determinação para que Geraldo
Alckmin possa cumprir essa trajetória no plano federal, com o mesmo brilho,
competência e honestidade que cumpriu aqui no estado de São Paulo",
discursou Doria.
"Juntos,
quero deixar claro mais uma vez, juntos, na cidade de São Paulo, no estado de
São Paulo, nós todos, não apenas tucanos, os brasileiros de São Paulo, os 43
milhões de brasileiros de São Paulo vão votar Geraldo Alckmin para Presidência
da República."
A
jornalistas, o governador paulista não
declarou apoio a nenhum dos candidatos. "Temos quatro
ótimos nomes, preparados. Vamos aguardar as prévias, mas quem for escolhido
toda a legitimidade para poder participar do processo eleitoral e fazer um bom
trabalho", disse.
Além
do prefeito paulistano, disputam a candidatura o secretário estadual Floriano
Pesaro, o suplente de senador José Aníbal e o cientista político Luiz Felipe
d'Avila. Alckmin minimizou o impacto do palanque duplo em São Paulo, com as
candidaturas do PSDB e a do seu vice-governador, Márcio França (PSB), em sua
campanha nacional.
"No
Brasil inteiro, em todas as eleições (para o) Executivo, vamos ter uma
fragmentação partidária. Isso é fruto do modelo político que nós ainda
temos", afirmou.
Questionado
se sentia responsável pela eventual renúncia
de Doria após 15 meses de mandato, o governador, padrinho
político do prefeito paulistano, apenas elogiou o vice, que assumirá o posto.
"Bruno Covas se preparou, acompanhou esse trabalho todo durante esse mais
de ano, já tinha experiência anterior, é uma pessoa séria, correta, tem tudo
para fazer um bom trabalho", afirmou.
Aliado
dos mais próximos de Alckmin, o deputado federal Silvio Torres (PSDB-SP),
também presente, fez aceno a Doria e Covas.
Dirigindo-se
ao governador, Torres disse que ele "vai contar em São Paulo, não tenho
nenhuma dúvida, não apenas com o apoio do João Doria, que será imprescindível,
mas principalmente aqui na capital com o apoio do futuro prefeito que é o Bruno
Covas que vai ajudar".
O
deputado não poupou elogios a Alckmin. "Eu não tenho nenhuma dúvida que o
senhor será o homem que fará
a diferença no Brasil a partir do ano que vem. O homem que
vai conduzir o Brasil de volta a um tempo de esperança, de realizações e
principalmente de sensibilidade com o povo que mais precisa", discursou. (Folhapress)
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