Há oito dias, uma moradora registrou o estouro de um dos canos da rede atual de abastecimento. O jato d'água chegou a uma altura de cerca cinco metros. |
A
Cogerh instalou o equipamento emergencialmente, enquanto o permanente era
concluído. Prevista pra funcionar em 2015, até agora, a rede de abastecimento
de água não foi construído. Com isso, a tubulação provisória apresenta
vazamentos em boa parte de sua extensão, desperdiçando um alto volume de água.
Há
oito dias, uma moradora registrou o estouro de um dos canos da rede atual de
abastecimento. O jato d'água chegou a uma altura de cerca 5 metros. Segundo o
coordenador regional do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs),
Lailton Alencar, o desperdício causa preocupação. "A água que poderia ser
aproveitada, hoje se perde 50% pelo caminho", lamenta.
Orçada
em cerca R$ 13,2 milhões, a construção da rede de abastecimento de Caririaçu
está paralisada. Pouco mais de 40% da obra foi concluída. Em novembro de 2017,
foi retomada após uma renegociação entre a Prefeitura, Ministério Público do
Ceará e a empresa responsável, que previu o pagamento de uma dívida de R$ 800
mil da antiga gestão com a construtora.
De
acordo com o gerente regional da Cogerh, Alberto Medeiros, apesar do Açude
Manoel Balbino não ter tido recarga, o São Domingos II, também em Caririaçu,
apresenta um bom volume de água. Com as chuvas de fevereiro, o reservatório
teve 295.071 m³ de aporte e está com 20,4% de sua capacidade. "Essa
recarga, junto com o Açude Manoel Balbino, consegue atender até o fim do ano.
Ele já tinha garantia até junho", tranquiliza, Alberto.
O
diretor administrativo do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de
Cariraçu (Semae), Cícero Soares, responsável pelo abastecimento no Município,
explica que, hoje, apenas o Açude dos Carneiros abastece a sede da cidade. O
São Domingos II atende as comunidades pequenas e tem água até novembro.
Manutenção
O
equipamento emergencial, que deveria atuar até dezembro de 2015, tem uma
durabilidade maior em locais planos. Não é o caso de Caririaçu. A tubulação
percorre, paralelamente, a CE-060, com subida e cheia de curvas. "Todos os
dias, estouram canos duas ou três vezes. É preciso parar constantemente a fim
de fazer a manutenção. Com isso, atrasa o abastecimento de água no
Município", explica.
Desde
2013 foi adotado, em Caririaçu, um racionamento. Tem localidades que, segundo
os moradores, passam 30 dias sem receber água. "Esse racionamento vai
permanecer até que se resolva o problema da adutora", acrescenta Cícero. (Diário do Nordeste)
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