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FOTO: KARINA ZAMBRANA
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Conforme deputados, esta seria uma forma de compensar a ausência de atendimento
após Cuba deixar o programa Mais Médicos em todo o País. Sem previsão
orçamentária, sem plano de execução com os municípios divulgados, deputados
preveem votar matéria na próxima terça-feira, 18.
No
Ceará, 443 médicos cubanos atendiam 118 municípios. Em pelo menos oito destas
cidades, 75% do atendimento era feito por esses profissionais. Algumas delas
com dependência total do convênio com Cuba. É o caso de Moraújo e Miraíma.
Outra
crise com a mudança foi o movimento de "lençol curto" em que mais de
100 profissionais abandonaram o Estratégia Saúde da Família, das Prefeituras,
de olho nas vagas criadas pelo programa federal para atender déficit deixado
por médicos cubanos.
Conforme
a mensagem enviada ontem pela manhã, o objetivo do novo programa é instituir
"práticas de promoção à Saúde, por meio de ações de ensino, pesquisa
extensão", incluindo trabalhos práticos nas comunidades.
Com
coordenação da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e metodologia conjunta com a
Escola de Saúde Pública do Ceará, o projeto cita o pagamento de bolsas de
estudo para os participantes, "cujo valor e condições para recebimento
serão disciplinados em decreto".
O
projeto inclui ainda a oferta de curso de pós-graduação latu sensu em atenção
primária à saúde, a ser desenvolvido no período máximo de um ano.
A
reportagem entrou em contato com a Sesa em busca de mais informações sobre a
execução do Programa. Por nota, a pasta se limitou a informar que "estão
em construção, junto aos municípios, as estratégias de execução".Também
sem muitas informações, presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque (PDT),
afirmou que a matéria deve ser votada na terça-feira, 18.
"Vamos
criar essa oportunidade para que o governo possa contratar no mesmo estilo que
era feito com médicos cubanos. Se estamos abrindo uma mensagem dizendo que
vamos contratar médicos quem vai ser contra?", questiona.
O
deputado de oposição Capitão Wagner (Pros), no entanto, diz que a matéria corre
o risco de não cumprir requisitos da lei de responsabilidade fiscal. "Tem
que ver se descumpre a LRF, a gente vai levantar essa questão, então
provavelmente não seja votada", afirma.
Procurada,
a Casa Civil também não deu mais informações sobre a execução do projeto. (O Povo)
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