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O ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni. FOTO: José Cruz |
No
caso do BC, o novo governo defenderá aprovação da autonomia e
independência da autarquia. Já em relação à AGU, a ideia é apresentar uma
mudança constitucional para prever que toda ação judicial que envolva
atuação do governo federal tenha como foro judicial os tribunais
superiores. Com isso, o governo poderia abrir mão do status de ministério da AGU,
que dava foro especial ao advogado-geral da União para processos movidos
em primeira instância.
O
presidente eleito Jair Bolsonaro terá uma assessoria especial específica para
cuidar de sua comunicação pessoal. Essa estrutura estará vinculada diretamente
ao gabinete presidencial e deverá ser responsável pela gestão das redes
sociais do presidente, muito usadas por ele para manifestar posições e se
comunicar com a população. Já a comunicação insitucional de governo,
incluindo as verbas oficiais de publicidade, será mantida na Secretaria de
Comunicação, que ficará vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da
República, comandada pelo advogado Gustavo Bebianno. A pasta também será
responsável por um programa de modernização do Estado e pela Secretaria de
Assuntos Estratégicos (SAE) do governo.
A
Casa Civil, que será comandada por Onyx Lorenzoni, manterá as atribuições de
comando de governo e será responsável pela articulação política no Congresso
Nacional. Segundo Onyx, serão criadas duas secretarias específicas para
cuidar das relações com a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, uma para
cada Casa. Elas serão integradas por ex-parlamentares. A relação do
governo federal com estados e municípios será atribuição da Secretaria de
Governo, sob o comando do general Santos Cruz. Ele também ficará responsável
pelo Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), que tem uma carteira de
mais de 40 projetos e cerca de R$ 20 bilhões previstos em investimentos.
Onyx
Lorenzoni também confirmou a extinção do Ministério do Trabalho e
a redistribuição das atribuições da pasta entre os ministérios da Justiça
e Segurança Pública, da Cidadania e Economia. "O Ministério do
Trabalho passa a estar contido, majoritariamente, no Ministério da Justiça. Lá
está, com certeza, a secretaria que cuida das [concessões de] cartas
sindicais, que foi foco de problemas. Ela vai estar sob controle do doutor
Moro. No Ministério da Economia, vai estar a questão da fiscalização e
políticas públicas para o emprego, e há uma parte menor no Ministério da
Cidadania, como a Secretaria de Economia Solidária", explicou.
O
próximo governo também manterá o Ministério dos Direitos Humanos, que incluirá
uma Secretaria de Políticas para as Mulheres, além de questões relacionadas
à igualdade social e políticas para a população LGBT.
Confira
os 22 ministérios do governo de Jair Bolsonaro a partir de 2019:
-
Casa Civil
-
Secretaria-Geral da Presidência da República
-
Secretaria de Governo
-
Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
-
Advocacia-Geral da União (AGU)*
-
Banco Central*
-
Economia
-
Agricultura
-
Meio Ambiente
-
Direitos Humanos
-
Ciência, Tecnologia e Comunicação
-
Relações Exteriores
-
Defesa
-
Cidadania
-
Educação
-
Saúde
-
Justiça e Segurança Pública
-
Turismo
-
Infraestrutura
-
Desenvolvimento Regional
-
Transparência
-
Minas e Energia
* devem
perder o status de ministério durante o governo (Agência Brasil)
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