As 32 cidades que compõem a Região do Cariri arrecadaram, juntas, R$ 233 milhões entre o primeiro e o último dia de 2018. A maior arrecadação, como era de se esperar, foi registrada em Juazeiro do Norte. O Município mais desenvolvido da região faturou R$ 86,8 milhões no ano passado. Antonina do Norte foi o que menos coletou impostos: R$ 436 mil. A capital do Estado, Fortaleza, somou pouco mais de R$ 2 bilhões no ano passado. 

Crato foi a segunda cidade que mais obteve recursos por meio de tributos, ao contabilizar R$ 27,8 milhões. Em terceiro está Brejo Santo, com coleta de R$ 20,9 milhões. A soma da arrecadação de Crato, Juazeiro do Norte e de Barbalha, que integram o principal conglomerado urbano da região, representa 57,63% de todos os impostos contabilizados no Cariri. 

A expectativa de que a arrecadação de tributos seja revertida em prol da população não se configura na maioria dos municípios caririenses. As gestões municipais direcionam parcela considerável dos recursos para o pagamento da folha salarial dos servidores. “A despesa com pessoal tem forte impacto. Dependendo do período, um pouco menos ou um pouco mais de 50% de tudo que o Município tem à sua disposição em sua receita é gasto com pessoal”, destaca o secretário de Finanças de Crato, Carlos Eduardo Marino. 

Conforme o secretário cratense, as secretarias de Saúde e Educação, somadas ao ordenamento urbano, que inclui a limpeza pública, seguem na ordem como as áreas que mais recebem recursos oriundos da tributação. A conta é semelhante em Juazeiro. Conforme o secretário de Administração e Finanças, Evaldo Soares, parte dos recursos tributários são encaminhados para aplicação nas áreas de Educação, Saúde e Assistência Social. “A gente designa o mínimo de 25% para a Educação. A Saúde é para ser o mínimo de 15% e nós estamos repassando em torno de 23%, e a Ação Social destinamos em torno de 10%”, explica. 

Cenário brasileiro 
A situação do Cariri é semelhante ao cenário brasileiro, com alta arrecadação de impostos e pouco retorno para a população. Entre os 30 países com a maior carga tributária, o Brasil continua na última posição como sendo o que proporciona melhor retorno dos valores arrecadados em benefícios para a sociedade, ficando atrás de países como Argentina e Uruguai. (Jornal do Cariri)

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