Imagens
do Açude Orós em outubro de 2018, quando o açude estava
com com 7,31% de sua
capacidade. Atualmente a
capacidade é de menos de 6%. FOTO: Mateus Dantas
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David
Ferran, meteorologista da fundação, explica que o pouco acúmulo já era esperado
para o Cariri no período de fevereiro, março e abril. Os três meses são os mais
importantes da quadra chuvosa do Ceará. A característica de irregularidades da
chuva do semiárido também influencia na situação apresentada pelos municípios
do Cariri.
“Um
dos principais sistemas que tem sido indutor de chuvas no Ceará é a Zona de
Convergência Intertropical (ZCIT), que atua mais no norte do Estado”, explica
Ferran. O especialista diz que a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS)
seria um sistema que tornaria o ambiente mais propício para as chuvas no
Cariri. No entanto, ele não está sendo observado nos últimos meses.
A
quantidade de chuvas registrada no Cariri tem importante papel nas bacias
hidrográficas do Ceará. Salgado e Alto Jaguaribe são bacias localizadas na
região e as únicas com volume abaixo do registrado no início de 2019. A
primeira é responsável por coletar águas que desembocam no Açude Castanhão, o
maior do Estado, com capacidade de 6.700 hm³. Já a segunda compreende outro
grande açude, o Orós, que tem capacidade de 1.940 hm³. Os dois reservatórios
estão com menos de 6% de volume.
Últimas
chuvas
De
7 horas de segunda-feira, 25, até 7 horas desta terça-feira, 26, apenas cinco
cidades do Cariri registraram chuvas. No Cedro, foram computados 8 mm de
precipitações, sendo a maior chuva da região. Milagres, Ipaumirim, Missão Velha
e Jati também tiveram menos de 10 mm.
(O Povo)
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