Com destaque para heróis da resistência negros e índios, a Mangueira homenageou o jangadeiro cearense Chico da Matilde, conhecido como Dragão do Mar. FOTO: FABIANE DE PAULA |
O
jangadeiro foi responsável por impedir o embarque de escravos no Ceará e
contribuiu para o pioneirismo da abolição da escravidão no Ceará. No ano
passado, a escola ficou em 5º lugar. A última vez que a agremiação foi campeã
tinha sido em 2016, com enredo sobre a cantora Maria Bethânia.
As
outras duas escolas que fizeram referência ao Ceará nos enredos não conseguiram
um dos seis lugares no Desfile das Campeãs. A Paraíso da Tuiuti ficou em
8º lugar, enquanto a União da Ilha terminou a apuração na
10ª colocação.
A partir da história do Bode Ioiô, a Paraíso do Tuiuti fez uma crítica à atual conjuntura política. FOTO: FABIANE DE PAULA |
A Paraíso do Tuiuti contou a
história do Bode Ioiô, que foi eleito vereador no Ceará nos anos 1920 em forma
de protesto. O personagem emblemático da cultura cearense serviu de mote para
traçar paralelos com a atual conjuntura política do País, de maneira bem
humorada.
Com
forte tom político, a agremiação trouxe críticas ao discurso pró-armamento em
referência ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). No último carro, Ioiô deu um
coice em um tanque de guerra, elemento que representa os militares no poder.
O
destaque da escola foi o samba-enredo que conseguiu neste quesito nota máxima
de todos os quatro jurados.
Já
a União da Ilha do Governador levou
para avenida enredo sobre o Ceará a partir da obra dos escritores José de
Alencar e Rachel de Queiroz. Romances escritos pelos cearenses serviram de
inspiração para as fantasias e alegorias da agremiação, cuja a comissão de
frente teve um Padre Cícero "voando" na avenida.
Pela
União da Ilha, alguns nomes representativos do Ceará atravessaram a avenida
mais popular do carnaval carioca, entre eles, o Mestre da Cultura Espedito
Seleiro e os artistas plásticos Zé Tarcísio e Dim Brinquedim. (Diário do Nordeste)
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