O
presidente Jair
Bolsonaro disse na sexta-feira (14) que vai recorrer
da decisão que absolveu Adélio Bispo de Oliveira, autor do
ataque a faca que sofreu durante a campanha eleitoral, em Juiz de Fora (MG), em
setembro do ano passado. “Estou tomando as providências jurídicas do que posso
fazer para recorrer. Normalmente o MP [Ministério Público] pode recorrer
também, vou entrar em contato com o meu advogado”, disse Bolsonaro ao deixar o
Palácio da Alvorada.
O
juiz Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora, considerou
Adélio inimputável
por transtorno mental, ou seja, de acordo com as leis penais,
não pode ser responsabilizado criminalmente por seus atos. De acordo com laudos
periciais oficiais, Adélio é portador de transtorno delirante persistente.
Bolsonaro
disse ainda que tem convicção de que Adélio foi contratado para assassiná-lo e
que, se preciso, vai pagar para que seja feita uma nova avaliação psicológica
no acusado. “Eu tenho a causa pessoal, eu tenho que me defender. E custa caro
isso aí, um outro lado custa caro. Vou tomar providências”, ressaltou. “É um
crime contra um candidato a presidente da República que atualmente tem mandato
e devemos ir às últimas consequências."
O
magistrado decidiu também que Adélio Bispo deveria ficarinternado em um manicômio judiciário por
tempo indeterminado. No entanto, diante da periculosidade do acusado, ele
permanecerá no presídio federal de Campo Grande, onde está preso desde o
atentado.
De
acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público Federal, o acusado colocou em risco o regime democrático ao
tentar interferir no resultado das eleições e planejou o ataque com
antecedência de modo a excluir Bolsonaro da disputa.
A
defesa de Adélio afirma que ele agiu
sozinho e que o ataque foi apenas “fruto de uma mente
atormentada e possivelmente desequilibrada” por conta de um problema mental. (Agência Brasil)
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