A Via Varejo controla as marcas Casas Bahia e Ponto Frio. FOTO: Jarbas Oliveira |
Inicialmente,
a ideia do empresário era comprar R$ 300 milhões dos R$ 2,2 bilhões em ações
colocados à disposição no leilão da B3 ontem, pelo Grupo Pão de Açúcar (GPA).
Ficou com menos ações do que pretendia adquirir por conta da alta demanda pelos
papéis. O restante ficou na mão de fundos e demais investidores. A demanda no
leilão chegou, em determinado momento, a R$ 3,7 bilhões, bem acima do volume
oferecido pelo GPA, que saiu totalmente do negócio.
De volta
à origem
Klein
já havia sido presidente do conselho da Via Varejo quando a rede foi criada, após a
união da Casas Bahia com o GPA, há uma década. Foi ele, inclusive, que esteve à
frente das negociações. A Casas Bahia foi fundada por seu pai, Samuel Klein.
Com
as dificuldades financeiras de seu controlador atual, o Grupo Casino, o GPA
resolveu acelerar a venda da Via Varejo, que teve prejuízo de R$ 267 milhões em 2018 e
estava sendo vendida havia dois anos. No início de junho, o GPA retirou uma
cláusula que obrigava qualquer pessoa que adquirisse mais de 20% das ações da
empresa a estender a oferta aos demais acionistas. Foi aberto então o caminho
para que Klein pudesse retomar o comando da empresa.
Além
do prejuízo, o desafio da Via Varejo é fazer a operação online ganhar
relevância. A tentativa de união de todas as operações de comércio eletrônico do
grupo Casino no mundo, anunciada em 2014, atrapalhou o desempenho da Via Varejo
no Brasil. A estratégia foi descartada dois anos mais tarde.
Exatamente
por isso, um dos focos da nova administração, chefiada por Roberto
Fulcherberguer, é de "fazer
funcionar" a operação online. Em outras palavras,
melhorar a lucratividade.
"Estamos
extremamente felizes e honrados em nos tornar o maior acionista de referência
da Via Varejo", disse Klein, em comunicado. "Ao longo de sua
trajetória de sucesso, a Casas Bahia tornou-se referência no varejo nacional e
contribuiu para a expansão
do setor no País, estando presente na casa de milhões de
brasileiros (...). Temos um grande desafio pela frente, mas a vontade de fazer
mais acompanha a história da nossa família e segue norteando nossas
decisões". (Estadão)
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