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FOTO: Camila Lima |
Oscar
Moreira, corretor de imóveis que pratica regularmente mergulho de apneia, ou
seja, usando somente o ar dos pulmões, não esperava que o artefato fosse uma
bomba, pensando se tratar de um objeto antigo, como outros que ainda estão
submersos no litoral de Fortaleza.
“Eu
mandei fotos para amigos da Marinha, só depois que percebi que estava correndo
um grande risco”, relata Oscar. A bomba estava enterrada a cerca de 11
metros de profundidade.
Ao
descobrir que se tratava de um explosivo, Oscar comunicou à Capitania dos
Portos, em Fortaleza. Segundo o órgão, é possível que o objeto seja uma cápsula
explosiva não detonada, usada em baterias antiaéreas.
Segunda
Guerra
Para
o pesquisador Augusto Bastos, embora ainda seja cedo para garantir a origem da
bomba, é provável que ela tenha chegado ao local onde foi encontrada durante o
período da 2ª Guerra Mundial. Ele cogita ainda que o equipamento pode ter
caído de algum canhão de navios mercantes ou mesmo de algum avião. “Uma
investigação a partir do número de série da munição que poderá afirmar a origem
do material. O que é mais preciso é que a peça não está detonada”, diz.
O
território brasileiro não contou com confrontos diretos da 2ª Guerra.
Contudo, o apoio do Brasil aos Estados Unidos incluiu a formação de bases armadas
em pontos estratégicos do litoral, incluindo o do Ceará.
Inclusive,
o primeiro tiro brasileiro contra um submarino alemão aconteceu no litoral
cearense, conforme lembra o historiador Henrique Braga. Segundo ele, o
submarino ainda está em águas cearenses, apesar de nunca localizado.
Os
oficiais da Marinha receberam a bomba na tarde desta quarta-feira (3), na
Capitania dos Portos. O Sistema Verdes Mares esteve no local, mas o órgão não
quis se pronunciar. Ainda assim, recomenda que materiais encontrados no
fundo do mar e que não sejam identificados não devem ser retirados do local, em
função de possíveis riscos. (Diário do Nordeste)
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