O Ministério da
Agricultura aprovou nesta segunda-feira (22) o registro de mais 51
agrotóxicos, totalizando 262 neste ano. O ritmo de
liberação de novos pesticidas é o mais alto já visto para o
período.
Desse
total, 7 são produtos formulados, aqueles que os agricultores podem comprar em
lojas de insumos agrícolas. O princípio ativo sulfoxaflor, que controla insetos
que atacam frutas e grãos, como a mosca branca e o psilídeo, está em 6 desses
produtos.
O
sulfoxaflor é relacionado à redução de enxames de abelhas e está em estudo no
exterior. Segundo o governo, o uso do agrotóxico no Brasil deverá seguir as
orientações estabelecidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).
Os
agricultores terão algumas regras para uso, como evitar a aplicação em períodos
de floração das culturas e seguir as dosagens máximas do produto e de
distâncias mínimas de aplicação em relação à bordadura para a proteção de
abelhas não-apis (aquelas sem ferrão).
O
ministério afirma que as restrições de uso do pesticida vão constar no rótulo
dos produtos e serão estabelecidas de acordo com cada ingrediente e cultura.
O
sulfoxaflor teve o registro de uso industrial concedido no fim de 2018 e o
produto formulado estava em avaliação final das autoridades ambientais. Depois
de passar por consulta pública, o produto foi aprovado pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ibama.
Outros
registros
Entre
os produtos formulados registrados nesta segunda-feira também está um herbicida
à base do ingrediente ativo florpirauxifen-benzil. O produto técnico já havia
sido aprovado em junho.
O
agrotóxico poderá ser utilizado para o controle de plantas daninhas na cultura
do arroz.
Outros
44 são produtos "equivalentes", que são genéricos de princípios
ativos já autorizados no país.
Desse
número, 18 são para a produtos técnicos de uso industrial e outros 26 produtos
são formulados, sendo quatro de origem microbiológica.
A
organização ambiental Greenpeace criticou a medida.
"Podemos
produzir sem agrotóxicos, em equilíbrio com o meio ambiente e respeitando a
saúde das pessoas. Porém, as decisões do governo no tema ignoram isso e colocam
o povo brasileiro em risco. Isso é inaceitável”, afirma Iran Magno, da campanha
de Alimentação e Agricultura do Greenpeace.
(G1)
Postar um comentário