O
Palácio do Planalto informou ontem (16) que o ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles, vai ao Arquipélago de Fernando de Noronha nesta quinta-feira
(18), para vistoriar os serviços prestados pela concessionária EcoNoronha,
empresa que administra as visitas ao parque marinho. Salles será acompanhado
pelo presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Gilson
Machado. De acordo com o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo
Barros, o contrato em vigor será respeitado, mas a ideia é tentar buscar,
de forma consensual, a redução de tarifas de visitação cobradas dos turistas
que frequentam o atrativo.
"O
que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acompanhado do presidente da
Embratur, há de realizar, na próxima quinta-feira, junto com dirigentes daquele
órgão que cuida de Fernando de Noronha, é buscar pontos, de forma
consensual, para que aquela tarifa que é de responsabilidade do governo
federal, é importante, nós estamos tratando das tarifas do governo
federal, possa ser rebaixada a ponto de facilitar o acesso a tantos outros
turistas. Sem ofender, naturalmente, os aspectos de proteção ambiental,
que são tão importantes ao governo do presidente", afirmou Rêgo Barros, em
entrevista coletiva.
Atualmente,
o turista paga duas taxas para entrar na ilha. O governo de Pernambuco cobra R$
73 por dia de permanência. Já o governo federal cobra, por meio da
EcoNoronha, a taxa de R$ 106 para brasileiros e R$ 212 para estrangeiros. Essa
taxa é para entrar nas praias do Parque Nacional Marinho de Fernando de
Noronha, uma unidade de conservação federal.
A
concessionária administra o parque desde 2012, e o contrato com a União para a
prestação do serviço vai até 2027. De acordo com o Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão vinculado ao Ministério do
Meio Ambiente, que administra os parques nacionais, cerca de 70% do valor
arrecadado pela concessionária são aplicados em melhorias na unidade, como
limpeza, manutenção e construção de trilhas e estrutura de acesso e
proteção ambiental. O parque abriga espécies ameaçadas de extinção e é
Patrimônio Mundial da Humanidade declarado pela Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
No
último fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro criticou o valor das taxas
cobradas em Fernando de Noronha, que classificou de "roubo". (Agência Brasil)
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