A Polícia
Federal abriu a Operação Spoofing nesta terça-feira, (23), e prendeu quatro
suspeitos de invadir o celular do ministro da Justiça, Sergio Moro. A ação
foi determinada pelo juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza
Oliveira.
Além
de Moro, procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná foram
hackeados. Supostos diálogos mantidos no auge da investigação entre eles e o
então juiz Sergio Moro foram vazados e publicados pelo site The Intercept. Moro
e os procuradores não reconhecem a autenticidade das mensagens a eles
atribuídas.
A
PF cumpriu quatro mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão em
São Paulo, em Araraquara e Ribeirão Preto. Os mandados foram cumpridos pelo
delegado da PF Luiz Flávio Zampronha, que investigou o escândalo do Mensalão.
"As
investigações seguem para que sejam apuradas todas as circunstâncias dos crimes
praticados", informou a PF.
Spoofing,
segundo a Federal, é um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar
uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é
confiável quando, na realidade, não é. A operação mira uma "organização
criminosa que praticava crimes cibernéticos".
Moro
teve o aparelho celular desativado em 4 de junho, após perceber que havia sido
alvo de ataque virtual. O celular do ministro foi invadido por volta das 18h.
Ele só percebeu após receber três telefonemas do seu próprio número. O ex-juiz,
então acionou investigadores da Polícia Federal, informando da suspeita de
clonagem.
O
último acesso de Moro ao aparelho foi registrado no WhatsApp às 18h23 daquele
dia. (Estadão)
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