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Eduardo e o pai, Jair Bolsonaro, em 2017, após o Conselho
de Ética
arquivar representações por quebra de decoro do filho.
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O
presidente Jair
Bolsonaro rebateu na noite desta quinta-feira (18) as
críticas de eleitores à indicação de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP),
para o cargo de embaixador
nos Estados Unidos.
Em
transmissão ao vivo nas redes sociais, ele disse que pretende beneficiar seu filho, que não
pode fazer nada se as pessoas deixarem de votar nele pela indicação.
"Lógico
que é filho meu. Pretendo beneficiar um filho meu, sim. Pretendo, está certo.
Se puder dar um filé mignon ao meu filho, eu dou. Mas não tem nada a ver com
filé mignon essa história aí. É aprofundar um relacionamento com um país que é
a maior potência econômica e militar do mundo", disse.
Bolsonaro
disse ainda que não entende o que chamou de "crítica pela crítica",
porque não considera que o deputado federal será premiado caso aprovado para o
posto diplomático.
"Pretendo
encaminhá-lo, sim. Quem diz que não vai votar mais em mim, paciência",
ressaltou. "Em algumas coisas vou desagradar a vocês", acrescentou.
O
presidente afirmou que seu filho é preparado para a função e que se fosse uma
pessoa sem princípios, ele o indicaria para um cargo ministerial com um grande
orçamento.
"Eu
vou defender meu filho. Ah, o cara é fritador de hambúrguer. Além de fritar hambúrguer, ele entregou
pizza também, pode colocar aí na matéria", ressaltou.
Aprovação
no Senado
Mais
cedo, em cerimônia no Palácio do Planalto, Bolsonaro deu como garantida a
aprovação do parlamentar pela Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Em
defesa do filho, ele citou que, se o nome não fosse aprovado, poderia inclusive
indicar o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para a embaixada nos
Estados Unidos e colocar Eduardo no ministério.
O
porta-voz da Presidência da República, general Otávio Rêgo Barros, afirmou na
terça-feira (16) que o Palácio do Itamaraty já tem pronta uma minuta do documento
pelo qual o governo dos Estados Unidos será consultado sobre a indicação.
Em
outra frente, o Palácio do Planalto também negocia a aprovação do nome de
Eduardo pelo Legislativo.
Bolsonaro
já tratou do assunto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Pelas contas feitas pelo governo, hoje Eduardo teria um placar apertado na
Comissão de Relações Exteriores: um apoio de 8 dos 17 integrantes do colegiado.
Por
isso, o Palácio do Planalto já admite a possibilidade de que o tema seja levado
ao plenário, onde o governo teria vantagem. (Folhapress)
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