O desenvolvimento da piscicultura no Cariri se reflete no aumento da atividade piscícola em municípios da região. Crato, Barbalha e Farias Brito despontam como promissores na cultura e desenvolvem projetos, implantados através de programas voltados ao cultivo de peixes. Somente em Barbalha, por exemplo, a atividade apresentou expansão de 40% nos últimos cincos anos. O Cariri deve integrar, a partir de 2020, o Projeto de Peixamento dos Reservatórios Públicos, da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), com produção extrativista estimada em 91,3 toneladas de peixe. 

De acordo com Francisco Porto, gerente local da Empresa de Assistência Técnica de Extensão Rural do Ceará (Ematerce) de Crato, no Município, há dois projetos elaborados e implantados através do Fundo Estadual de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Fedaf), com recursos do Estado. Ambos foram implantados com uso de Energia Solar e cultivo de peixes no sistema de reuso de águas. “Para cada piscicultor atendido, foram projetados seis tanques de criação, onde serão desenvolvidos os cultivos”, contou Porto. 

Segundo ele, em tanques escavados existem dois piscicultores trabalhando com criação de Tilápias. O total, até o momento, é de quatro tanques e aproximadamente 4.000 alevinos. Já em Farias Brito, três piscicultores trabalham com o sistema de tanques escavados, totalizando seis tanques de criação e 13.500 alevinos. Em Barbalha, como aponta Antônio Vilário, engenheiro agrônomo da Ematerce local, a atividade piscícola vive um momento de expansão. São 12 piscicultores organizados em um grupo de produção. Juntos, eles cultivam 30 mil alevinos e produzem em torno de 24 toneladas por cultivo, comercializados em média a R$ 8,00/ kg. “Nos últimos cinco anos, a atividade teve uma expansão da ordem de 40%, sendo a espécie de cultivo dominante a Tilápia. Todo o sistema de produção é em tanque escavado”, explicou Vilário. 

A produção regional tanto é destinada ao mercado regional e local como é comercializada através de políticas públicas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Como apresentado, a Ematerce tem atuado com ênfase para orientações como qualidade dos alevinos; manejo e nutrição de peixes; qualidade da água; uso dos efluentes para fertirrigação; biometria; manejo produtivo; e linhas de créditos, onde agentes financeiros atendem às demandas através de projetos como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp) e Fedaf.                                (Fonte: Jornal do Cariri)

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