A taxa de desocupação no Ceará foi de 10,1% no último trimestre de 2019 (outubro a dezembro), decrescendo em relação ao trimestre de julho a setembro (11,3%). Em relação a igual trimestre de 2018, o percentual se manteve estável (10,1%). Ao todo, são 423 mil cearenses sem emprego no período encerrado em 2019 e 3,763 milhões ocupados. Porém, 54,9% dos que estão no mercado de trabalho estão sem carteira assinada, sem CNPJ e como trabalhador familiar auxiliar. São mais de 2 milhões de pessoas nestas condições. Com o resultado, o Estado é o quinto colocado no País e o terceiro no Nordeste em informalidade.
No último trimestre do ano, o percentual foi ainda maior: 58%. Os dados foram divulgados ontem na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
A informalidade foi ainda maior no Pará (62,4%), Maranhão (60,5%), Piauí (59,5%) e Amazonas (57,6%). Já os menores percentuais de informalidade estão em Santa Catarina (27,3%) e Distrito Federal (29,6%).
A taxa média anual de informalidade em 2019 para o Brasil ficou em 41,1% da população ocupada (38,4 milhões de pessoas). Para o cálculo, o IBGE considera empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada; empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; e trabalhador familiar auxiliar.
Os dados ainda mostram que a taxa de desocupação do País neste período foi um pouco maior (11%), mesmo caindo 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre de julho-setembro (11,8%). Na comparação igual trimestre de 2018 (11,6%), houve queda de 0,6 p.p.
Em relação à taxa média anual de contribuição previdenciária de todos os trabalhos das pessoas ocupadas, em 2019, no Brasil, foi de 62,9%. No Ceará, essa taxa era de 46,09%. O maior percentual médio anual foi registrado em Santa Catarina (81,2%) e a menor no Pará (38,2%).
Já o percentual da população ocupada do Ceará trabalhando por conta própria era de 29%. As unidades da federação com os maiores percentuais foram Amapá (37,3%), Pará (35,9%) e Amazonas (32,6%) e os menores estavam no Distrito Federal (19,4%), Santa Catarina (22,5%) e São Paulo (21,4%). No Ceará, entre os que trabalham por conta própria apenas 9,6% tinham CNPJ, a terceira menor proporção entre os estados do Nordeste.
Sobre o tempo de procura, no País, 44,8% dos desocupados estavam de um mês a menos de um ano em busca de trabalho; 25%, há dois anos ou mais, 14,2%, de um ano a menos de dois anos e 16%, há menos de um mês. São 2,9 milhões de pessoas na busca há dois anos ou mais. (O Povo)
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