Açude Trici, que abastece Tauá, está sangrando
Segurança hídrica e alegria para os moradores de Tauá, na região dos Inhamuns. O motivo é a sangria do açude Trici, responsável pelo abastecimento de água da cidade. 

No fim da tarde da última sexta-feira (13), uma sirene anunciou a sangria e centenas de moradores foram ao local. O Trici tem capacidade para acumular 16,3 milhões de m³ de água e barra o Rio Jaguaribe. A última vez que o açude atingiu a capacidade máxima foi em 24 de janeiro de 2016. 

A água escoa pelo rio Trici até o açude Arneiroz II, que tem capacidade para 187,7 milhões de m³ de água e está com 15% do volume total, segundo o Portal Hidrológico da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). 

Há no momento 21 açudes sangrando no Ceará; 21 com volume morto e nove secos. 

Alegria 
Para o agricultor e pescador Francisco Morais, as boas chuvas que banham o município garantem segurança para os moradores. “É uma garantia para todos nós de que teremos água neste e no próximo ano”, frisou. 

O comerciante Carlos Lima também foi até a barragem do Trici verificar a sangria. “Havia  muita gente e neste fim de semana com certeza centenas de moradores vêm para cá tomar banho no sangradouro”, disse. “O clima é de alegria na cidade”. 

O radialista Wilrismar Holanda acompanhou o aumento do volume do reservatório. “É um açude importante, estratégico para o município”, pontuou. “Havia uma expectativa muito grande de sangria com as últimas chuvas e esperamos que continue para o açude Arneiroz II receber mais recarga nas próximas semanas”. 

O gerente do escritório regional da Cogerh, em Iguatu, Anatarino Torres, reforçou a importância do Trici para o abastecimento de cidades da região dos Inhmuns. “É fundamental juntamente com o Arneiroz II”, frisou. “Esperamos para esses dois açudes mais recarga até o fim da atual quadra chuvosa”. 

Na Bacia do Alto Jaguaribe há quatro reservatórios que ainda preocupam, segundo avaliação de Anatarino Torres: Orós (4,8%) , Trussu/Iguatu (1,44%); Poço da Pedra/Campos Sales (6,1%) e João Luís/Araripe(12,9%). 

Barragem em Jucás sobre o Rio Jaguaribe está sangrando.
FOTO: Honório Barbosa
Em Jucás, o Rio Jaguaribe recebe água da sangria do Caldeirões, em Saboeiro.                    (Blog Diário Centro-Sul)

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