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FOTO: Thiago Gadelha |
"Todos aqueles que cometeram algum tipo de ação ilegal, com todo o rigor da lei, serão investigados, com todo o direito de defesa. E nós vamos fazer uma avaliação, com o meu secretário e comandos para que possamos ver medidas para restabelecer a normalidade da Segurança no Estado", afirmou Camilo, ao ser questionado sobre mudanças nos comandos da PM e do Corpo de Bombeiros.
Nesta segunda, os PMs que estavam amotinados começaram a voltar para seus postos de trabalho. Batalhões já foram desocupados e viaturas estão aos poucos voltando para as ruas. Alguns veículos, no entanto, foram danificados e serão reparados. O governador não soube precisar o número exato, mas disse que em breve todos estarão funcionando normalmente. Enquanto isso, o Exército continuará atuando no Estado até o fim do decreto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), previtos para acabar na próxima sexta (6).
Durante a coletiva, o governador criticou a "partidarização da PM", se referindo a lideranças políticas que atuaram na paralisação. Para ele, o tema deve ser discutido pelo Congresso Nacional para que outros estados não passem por situações semelhantes as que ocorreram no Ceará.
"Todas as lideranças desse movimento têm mandato, e isso é um debate que precisa ocorrer a nível nacional, porque é algo que acontece em outros estados. O governo se reuniu durante 10 dias com secretários de Estado e entidades representativas para fazer uma negociação. Então, qual o motivo para, após concordar com os valores, um parcela de policiais resolverem fazer motins?", ressaltou o governador ao acordo fimardo com associaçoes da classe, no início de fevereiro, durante rodadas de negociações.
Camilo sugeriu, inclusive, que a bancada federal cearense levasse a discussão para o Congresso, para viabilizar uma PEC que proíbe qualquer possibilidade de anistia a policiais envolvidos em motins ou greves como a enviada para Assembleia, para resguardar estados, sem deixar a cargo de uma decisão do governador.
"Enviei a PEC para a Assembleia para que essa não seja apenas uma decisão do governador, mas que esteja protegida pela legislação", ressaltou.
Proposta
A proposta da reestruturação da carreira dos agente da Polícia Militar já está tramitando Assembleia. O chefe do Executivo salientou que os ajustes de percentuais entre patentes serão feitos na Assembleia, no projeto que está na Casa, sem a necessidade de enviar uma nova matéria.
"O que foi acordado é o (projeto de lei) que está na Assembleia. Lá é o fórum para fazer qualquer debate. Qualquer mudança que (a proposta) virá a sofrer será dentro do limite orçamentário (R$ 495 milhões a serem investidos até 2022) enviado para a Assembleia", esclareceu.
A proposta do Governo Estadual aumenta o salário-base de um soldado, por exemplo, dos atuais R$ 3,2 mil para R$ 4,5 mil até 2022. O valor pode sofrer alterações, a depender dos reajustes nos percentuais das patentes. (Diário do Nordeste)
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