Após ser divulgada a vacinação de adolescentes com CoronaVac em Palmácia, foi confirmado que o município de Acarape também aplicou o imunizante no público menor de 18 anos. A informação foi confirmada pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) nesta sexta-feira (3 de setembro) 

A vacina produzida pelo Instituto Butantan não tem uso autorizado em pessoas de 12 a 17 anos no Brasil.

O número de jovens vacinados com o imunobiológico em Acarape, no Maciço de Baturité, não foi informado. O Diário do Nordeste não conseguiu contato com o Município até a publicação desta matéria.

Nesta quinta-feira (2), Palmácia, também no Maciço, informou que 66 adolescentes receberam a CoronaVac. 

Em nota, a Secretaria do Estado disse ter sido "comunicada desse ocorrido" em Acarape. "A Sesa informa que a aplicação da vacina é de responsabilidade de cada município", diz o texto. 

A pasta acrescentou que informou às secretarias municipais da Saúde que, para o público entre 12 até 17 anos, deve ser usado o imunizante da Pfizer.

Segundo o Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde, em casos de erro como esse, a segunda dose aplicada deve ser da Pfizer.

PALMÁCIA
Contrariando a recomendação do Ministério da Saúde (MS), o município de Palmácia vacinou 66 adolescentes contra a Covid-19 com doses da CoronaVac. No Brasil, apenas o imunizante da Pfizer tem autorização para uso em pessoas de 12 a 17 anos. 

Em nota divulgada ainda nesta quinta-feira (2), a Secretaria da Saúde Municipal pediu desculpas pelo que chamou e “desvio de informação” e afirmou que o ciclo vacinal destes jovens será completado com a 2ª dose da Pfizer.

Nesta sexta, a pasta disse que a situação foi ocasionada por um "erro humano" e informou que, além dos monitoramentos do grupo de jovens, irá exonerar as profissionais de saúde responsáveis pela aplicação. 

CORONAVAC NÃO TEVE USO AUTORIZADO PARA ADOLESCENTES
No Brasil, no último dia 18 de agosto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou o uso emergencial da CoronaVac em menores de 18 anos.

Diretores da agência observaram não haver dados suficientes sobre a eficácia da aplicação da vacina em crianças e adolescentes. Não se sabe, por exemplo, a duração do potencial de proteção, nem como a vacina se comporta em crianças com comorbidades e imunossuprimidas. 

COMBINAÇÃO DE VACINAS CONTRA A COVID-19
O Ministério da Saúde não recomenda "de maneira geral" a combinação de vacinas distintas contra a Covid-19. Isso porque os laboratórios utilizam componentes diferentes na composição. A orientação consta na nota técnica nº 6/2021. No entanto, acrescenta o documento, a medida poderá ser aplicada em casos excepcionais. 

“Seja por contraindicações específicas ou por ausência daquele imunizante no País (exemplo, indivíduos que receberam a primeira dose de uma vacina Covid-19 em outro país e que estarão no Brasil no momento de receber a segunda dose), poderá ser administrada uma vacina Covid-19 de outro fabricante”, esclarece o órgão. 

Nestes casos, a segunda aplicação deve ocorrer no período previamente definido, respeitando o intervalo adotado para o imunizante utilizado na primeira dose.

Fonte: Diário do Nordeste

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