Segundo o Ranking Connected Smart Cities, que busca encontrar novas identidades da inovação e a melhoria territorial, o município de Juazeiro do Norte está categorizado como a décima quarta cidade do Brasil no eixo fomentador de Tecnologia e Inovação. Conhecida como cidade da fé e do comércio, uma vez que são promotores de dinâmicas sociais e de relevância para o PIB local, Juazeiro agora passa a ganhar destaque nacional no segmento.

O reconhecimento veio por meio do Ranking Connected Smart Cities 2021, fincando a cidade na posição 14 a nível nacional e entre as 100 maiores do Brasil ao se considerar este eixo temático. Assim, a terra do “Padim” é a única do interior do Nordeste a se configurar entre as 15 primeiras posições, ficando a frente de Campina Grande e Caruaru, bem como de capitais como Recife, Natal e João Pessoa.

Conforme diz o empresário caririense Douglas Feitosa, que já coordenou a CDL Jovem em Juazeiro do Norte, em um país com dimensões tão extensas, é de tamanha relevância mapear as cidades por meio de indicadores que retratam inteligência, conexão e sustentabilidade e que são fomentadores de um maior potencial de desenvolvimento.  O recorte de Tecnologia e Inovação do Ranking é composto por 15 indicadores, concebidos para o próprio eixo de tecnologia e inovação, bem como empreendedorismo, novos de serviços públicos e soluções ofertadas aos cidadãos, fazendo parte deste recorte.

Para a estruturação do Ranking, elaborada pela Urban Systems, foi criada uma metodologia de ponderação de indicadores, denominada de Índice de Qualidade Mercadológica (IQM). São onze eixos e dezenas de indicadores para posicionar as cidades nas primeiras cem colocações dentro de uma visão Geral e por Eixos temáticos. No caso do Eixo Tecnologia e Inovação foram levados em consideração alguns indicadores como Fibra Ótica, Velocidade média das conexões contratadas, % de empregos formais de nível superior e também do setor de TIC e a densidade de banda larga.

Para Douglas, que é mentor de Startups e doutorando em Economia, “esse Ranking é o reconhecimento da amplitude de possibilidades que podem surgir no interior do Nordeste e que são fomentadores de desenvolvimento. Porém ainda há a necessidade de uma maior interação institucional e a sociedade para que assim possam ser quebrados os egos que retraem a evolução”.

Ele ressalta ainda que foram retirados do estudo, por falta de atualização, os indicadores de geração de conhecimento, como produção de conhecimento (Patentes) e incentivo a pesquisa (Bolsa CNPq). A edição de 2020 do estudo já se previa um impacto nestes indicadores, devido aos cortes para pesquisa, entretanto não se previa a indisponibilidade da informação. Isso mostra que muito ainda deve ser feito para que o país tenha um Sistema Nacional de Inovação consolidado.

Fonte: Site Badalo

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