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No dia em que se celebra o Nordestino, o cearense ganhará um presente especial vindo diretamente dos céus. Entre essa sexta-feira (8 de outubro) e sábado (9) haverá uma “chuva de estrelas cadentes” que poderá ser vista do Ceará e em outros estados do Nordeste e Norte. 

De acordo o professor de astronomia do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros do Ceará Escritora Rachel de Queiroz (CMCB), tenente Romário Fernandes, essa chuva, conhecida como ‘Draconídeas’, incidirá em rajadas luminosas que cortarão o céu nesta noite e madrugada.

"Cada período do ano temos chuvas especificas de meteoros. No primeiro semestre a mais expressiva é a ‘Líridas’. Agora, teremos a ‘Draconídeas’, que não é a mais expressiva deste semestre, mas dá sim para apreciar. São em média 5 meteoros por hora”
TENENTE ROMÁRIO FERNANDES
Professor de astronomia do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros do Ceará

A ‘Líridas’ é considerada a mais antiga e a primeira das grandes chuvas de meteoros do ano. Contudo, para ao longo deste ano, outros eventos como o do dia hoje ainda acontecerão. 

“O mais espetacular acontecerá em meados do final dezembro, são as chuvas conhecidas como ‘Geminídeas’. São muitas dezenas de meteoros por hora”, antecipa.

O também professor em astronomia e coordenador do Observatório Astronômico Ferruccio Ginelli, da Seara da Ciência/UFC, Ednardo Rodrigues, acrescenta que as as ‘Dracônidas’ recebem este nome pois “a região aparente de onde vem os meteoros fica na constelação de Dragão. Essa chuva de meteoros é melhor observada do hemisfério norte”. 

"Contudo no dia 21 de outubro a chuva de meteoros que se destaca são as Oriônidas. Essas serão vistas com mais frequência aqui no /Ceará. Cada região está associada a uma chuva de meteoros diferente”
EDNARDO RODRIGUES
Astrônomo

FRAGMENTO DE ROCHAS ESPACIAIS 
Popularmente conhecidos como “estrelas cadentes”, os meteoros, conforme explica Romário Fernandes, são um fenômeno luminoso que ocorre quando um pequeno fragmento de rocha espacial atravessa a atmosfera em alta velocidade.  

Sempre que um cometa passa, ele deixa detritos de gelo e rochas, e a órbita da Terra cruza esse rastro. Quando isso ocorre, ocorre uma chuva de meteoros. 

Apesar de incidir sobre todo o Estado, Romário Fernandes explica que as cidades interioranas, por terem menor luminosidade à noite, têm maior chance de avistamento.

“Em Fortaleza pode-se ver, mas não é o local mais adequado. Quanto mais afastado dos grandes centros, melhor”, diz. O especialista acrescenta ser recomendado um local escuro, com baixa iluminação artificial. 

“Fortaleza está a apenas 3.8°S da linha do equador, o que permite ver meteoros tanto do Hemisfério Sul quanto do Norte. Mas não é um lugar ideal por causa da poluição luminosa”, reforça Ednardo.

Fernandes reforça que o melhor horário para obsevar a ‘chuva de meteoros’ ou ‘chuva de estrelas cadentes’ é após a meia-noite. “É o período de maior chance”, pontua. Contudo, o astrônomo Ednardo Rodrigues lembra que esta é uma missão que requer atenção e paciência daqueles que desejam flagrar a queda de um meteoro. 

“É muita sorte de quem ver um meteoro a olho nu. Aqui em Fortaleza temos média de 14 meteoros por hora, mas quase todos são registrados por câmeras que são mais sensíveis do que o olho humano”, detalha Rodrigues. 

Fonte: Diário do Nordeste

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