A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ampliou a lista dos lotes de chocolates com proibição de vendas no Brasil. A partir desta quarta (27 de abril de 2022), ficam restritos todos os produtos da linha Kinder Schoko-Bons fabricados na Bélgica e importados ao país por suspeita de contaminação por salmonela.

A última medida, divulgada em 20 de abril, proibia somente os chocolates brancos, mas a Anvisa precisou ampliar a restrição uma vez que "a empresa Ferrero do Brasil informou ter identificado a comercialização de lotes desses produtos, importados por terceiros para o país", informou a agência.

Segundo a agêndia, "esse chocolate é fabricado nos sabores cacau e branco e está disponível em embalagens de 46g, 125g, 200g e 300g".

Os produtos fabricados pela Ferrero (fabricante dos chocolates Kinder) no Brasil não são afetados pela decisão.

Além disso, a Ferrero também iniciou o recolhimento voluntário dos lotes de produtos. "Já estão sendo tomadas todas as medidas para que o produto não seja encontrado nas lojas, mas é sempre importante que o consumidor saiba identificá-lo por meio da leitura das informações presentes na rotulagem", informou a Anvisa.

Por isso, o consumidor que tiver comprado esse produto precisa checar se ele foi fabricado na Bélgica. Caso a pessoa tenha produtos dessa procedência, a Anvisa orienta que ela entre em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor da Ferrero para que seja feito o recolhimento.

A Ferrero do Brasil informou que "não comercializa o produto no país", mas que "tomou conhecimento" de uma empresa terceira "com a qual não mantém relação comercial" e que importou "de forma independente" os chocolates Schoko-Bons. Mesmo assim, ela diz que vai fazer "o recolhimento voluntário" dos produtos.

"Todos os demais produtos Kinder distribuídos pela Ferrero do Brasil são seguros para consumo e não são afetados por este recolhimento", diz.

Produção na Bélgica
As autoridades de saúde da Bélgica ordenaram no início do mês que a empresa italiana Ferrero, dona da marca Kinder, suspendesse a produção de sua fábrica no país por conta dos casos de salmonela ligados à infecção em chocolates.

Os produtos da Kinder vendidos em diversos países da Europa foram retirados dos mercados após uma suspeita de contaminação pela bactéria. Os produtos alvos do recall foram fabricados na Bélgica.

A Ferrero recolheu vários lotes de ovos de chocolate Kinder Surprise e outros produtos das prateleiras da Espanha, Grã-Bretanha, Irlanda e Estados Unidos. A empresa não vinculou a ação aos casos de salmonela.

Mas a agência de segurança alimentar da Bélgica afirma que identificou mais de cem casos de salmonela na produção da Ferrero no sul do país. O órgão pediu aos consumidores que não comam nenhum dos produtos recolhidos: são eles Kinder Surprise, Kinder Surprise Maxi, Kinder Mini Eggs e Kinder Schokobons.

A fábrica belga responde por cerca de 7% do volume global total de produtos Kinder.

Veja, abaixo, a nota divulgada pela empresa:

"A Ferrero do Brasil informa que comunicou às autoridades sua decisão de proceder a um recall voluntário e preventivo de qualquer versão do produto KINDER SCHOKO-BONS, fabricados na Bélgica. Apesar da companhia não importar nem comercializar este produto no País, tomamos conhecimento de que uma empresa terceira, com a qual não mantemos relação comercial, importou de forma independente SCHOKO-BONS que fazem parte de recall conduzido no exterior e, assim, podem apresentar potencial contaminação por Salmonella.

A Resolução nº 1.321, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada nesta quarta-feira (27), apenas formaliza o recolhimento voluntário e preventivo apresentado espontaneamente pela Ferrero do Brasil dos produtos belgas, pautando sempre sua conduta em proteção à segurança dos consumidores e qualidade dos seus produtos.

A empresa orienta que caso você tenha adquirido este produto, não o consuma e entre em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor pelo telefone 0800 701 6595, todos os dias das 9h às 19h ou pelo e-mail sacbrasil@ferrero.com para troca ou reembolso."

Fonte: g1

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