Foto: Agência Senado

12/05/2022

No fim da semana passada, em meio ao rebuliço causado na aliança governista local após declarações críticas de Ciro Gomes a petistas do Ceará, o senador Cid Gomes (PDT), que ainda não deu declarações públicas sobre o episódio, teve uma conversa reservada com a bancada do PDT na Assembleia Legislativa, na qual sinalizou até uma antecipação da formalização do nome do candidato ao governo.

No encontro, Cid Gomes tratou de colocar panos mornos na questão. Ele disse aos aliados que as declarações do irmão não haviam sido “combinadas” e que o pegaram de surpresa, da mesma forma que aconteceu com os demais membros do grupo.

O senador, disseram fontes desta Coluna, reforçou que o PDT quer manter a aliança com os petistas no Estado e minimizou a rusga provocada pela fala incendiária de Ciro, que motivou até mesmo uma nota dura de resposta do PT.

Cid Gomes repetiu também o que vem dizendo sobre a escolha do candidato a governador, um dos maiores interesses dos parlamentares no momento. Segundo ele, será escolhido o nome que melhor estiver colocado nas pesquisas internas, que agregar o maior número de aliados e que contemple a aliança que envolve vários partidos.

Além disso, o parlamentar, que é um dos líderes do grupo governista, detalhou que o PDT fará apenas mais dois encontros regionais, em Sobral e Itarema, e partirá para as definições.

Esta coluna apurou ainda que a definição do candidato, diferentemente do que ocorreu nos últimos pleitos, não deverá ficar para a última hora. É provável que em junho, ainda na primeira quinzena, haja uma sinalização de definição sobre o assunto.

DESCONFORTOS
Os parlamentares gostariam de ouvir do comando orientações sobre o momento de “princípio de crise” e as diretrizes de atuação. O presidente da Casa, Evandro Leitão, assim, convidou o senador para que pudesse ouvir os correligionários.

Aliás, as dúvidas dos aliados não são de agora. Desde março, quando ganhou corpo uma ofensiva de aliados do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, pré-candidato ao governo pelo Partido, e das prontas respostas vindas de aliados da governadora Izolda Cela, alguns parlamentares estavam como “baratas tontas”, para usar um termo usado por um deles.

Além da relação com o PT, eles queriam ouvir do comando orientações sobre os atos da pré-campanha. Deputados que mantém lideranças regionais no Interior queiram saber qual conduta adotar nas visitas que estão sendo feitas para além dos encontros regionais do partido, principalmente por Roberto Cláudio.

Fonte: Diário do Nordeste

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