Da esquerda para a direita, Roberto Cláudio, Ciro Gomes e o presidente estadual do PDT, André Figueiredo, ao lado de Ciro. Foto: Fabiane de Paula

Em meio a impasses com aliados sobre a escolha do nome pedestista que vai disputar o Governo do Estado, o PDT deve antecipar a definição para o final de junho, "no mais tardar na primeira semana de julho". É o que afirma o presidente estadual da sigla, deputado federal André Figueiredo.

Nesta quarta-feira (15 de junho de 2022), o PDT promove encontro regional de lideranças partidárias em Fortaleza.

Tradicionalmente, o grupo político dos irmãos Cid e Ciro Gomes, hoje no PDT, deixa o anúncio da candidatura para a reta final das definições eleitorais. Em 2022, no entanto, a demora tem dado espaço a desgastes tanto internos como externos.

Com quatro pré-candidaturas, a disputa tem se acirrado entre a governadora Izolda Cela e o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio. Além deles, também constam na lista o presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão, e o deputado federal Mauro Filho.

"A celeridade tem que ser a marca agora, já temos uma discussão bastante madura e esperamos que, até o final deste mês, no mais tardar na primeira semana do outro, possamos estar apresentando à população cearense quem dos quatro será o nosso candidato ou candidata. Na certeza que qualquer um deles será extremamente adequado para avançar o projeto e, ao mesmo tempo, para vencer a eleição", disse Figueiredo. 

O PT marcou para o dia 2 de julho o encontro do partido que decidirá sobre a manutenção da aliança com o PDT. A data coincide com a previsão do presidente estadual do PDT sobre a escolha da pré-candidatura.

Sobre o acirramento entre apoiadores de Izolda e Roberto Cláudio, ele pontuou que "os quatro pré-candidatos são extremamente unidos, é natural que existam torcidas para todos os lados".

Apesar da união entre os pré-candidatos, fora do quarteto há desgastes nas "torcidas" e nas alianças. O principal deles é com o PT, cuja ala encabeçada pelos deputados federais José Guimarãs, Luizianne Lins e José Airton defende romper a aliança e ter candidatura própria se o PDT escolher Roberto Cláudio.

"Não admitimos veto por veto. Vetar por não gostar? Não é justificável, principalmente para um partido que tem história e sabe muito bem separar o joio do trigo, como é o caso do PT. A gente apenas deixa muito claro, eu não acredito que venha acontecer rompimento. O Ceará é o principal estado que o PDT administra, quaisquer rupturas podem gerar sequelas muito fortes para o cenário político nacional. Por isso, eu tenho absoluta convicção de que o PT e PDT permanecerão unidos", afirmou o presidente estadual.

Fonte: Diário do Nordeste

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