O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) arquivou o procedimento que apurava se havia irregularidades na realização do evento Arraiá do Povo em Iguatu, para o qual o cantor Gusttavo Lima foi contratado por R$ 604 mil.

O procurador-geral do Município, Jediel Leonardo, afirmou ao Diário do Nordeste que a decisão de arquivamento do promotor foi emitida no fim da tarde desta terça-feira (14 de junho de 2022).

"Considerando que a conduta do gestor não caracteriza, nos termos da nova lei, ato de improbidade administrativa, entendemos exauridas as medidas passíveis de serem tomadas no âmbito desta Promotoria de Justiça, razão pela qual determinamos o arquivamento do procedimento", diz trecho da decisão do MPCE.

O Diário do Nordeste solicitou nota ao Ministério Público sobre o procedimento.

ENTENDA O CASO
No último dia 6 de junho, o promotor do MPCE iniciou um procedimento preparatório e solicitou à Prefeitura cópias de processos licitatórios referentes ao evento.

Em nota, o MPCE informou que estava acompanhando o caso e abriu um procedimento para apurar se havia irregularidades na realização do show.

EVENTO
O 6º Arraiá do Povo será realizado de 15 a 18 de junho e tem como atracões confirmadas Gusttavo Lima, Wallas Arrais, Manuka Araújo, Zezé di Camargo e Luciano, Felipe Amorim e Felipão.

O evento acontecerá no Rotary Club de Iguatu, na Região Centro-Sul do Estado.

POLÊMICAS
No último mês, uma série de polêmicas envolvendo a contratação de cantores sertanejos por prefeituras de municípios do interior do Brasil veio à tona.

Nesse rol de casos, Gusttavo Lima teve show suspenso em Teôlandia, na Bahia, onde receberia um cachê de R$ 704 mil.

Outra apresentação cancelada, dessa vez em Conceição do Mato Dentro, na Região Central de Minas Gerais, custaria em torno de R$ 1,2 milhão aos cofres públicos da Prefeitura. Os problemas eram relacionados à incompatibilidade do cachê com a realidade orçamentária dos executivos municipais.

O sertanejo ainda é uma das atrações confirmadas do aniversário de Magé (RJ), evento alvo de inquérito do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

Fonte: Diário do Nordeste

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