Ciro Gomes e Camilo Santana na entrega da Medalha da Abolição em março deste ano. Foto: Kid Junior

Em meio a um cenário de incertezas sobre a manutenção da aliança entre PT e PDT no Ceará, o presidenciável Ciro Gomes (PDT), durante entrevista nesta quinta-feira (8 de julho de 2022), disse não ter certeza se o ex-governador Camilo Santana (PT) continua sendo seu aliado no Estado. 

O impasse se dá enquanto há uma pressão pública do Partido dos Trabalhadores para que a governadora Izolda Cela (PDT) concorra à reeleição, enquanto a cúpula pedetista já demonstrou preferência pelo nome do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, do mesmo partido.

Falando ao Avesso Podcast, o ex-ministro foi questionado sobre a continuação das ações do seu grupo político a partir do resultado das Eleições 2022 no Ceará.

Ciro disse que o projeto "está ameaçado", referindo-se à candidatura do deputado federal licenciado Capitão Wagner (UB). Ao mencionar o ex-governador Camilo, que deixou o cargo em abril para disputar vaga no Senado, Ciro se referiu a ele como um ex-aliado. "Era nosso aliado, ou é nosso aliado. Ainda não sei direito como é que vai desdobrar isso lá", destacou. 

O pedetista também fez ataques ao pré-candidato a presidente do PT, Lula, a quem acusou de ser responsável pelo impasse, e ao ex-senador Eunício Oliveira (MDB).

"Lula é tão irresponsável que está lá se acertando com Eunício e já pegou o governador de lá - já prometeu que vai ser ministro - que era nosso aliado, ou é nosso aliado. Ainda não sei direito como é que vai desdobrar isso lá. Está lá a confusão danada produzida pelo Lula", disse Ciro.

Mesmo que ainda não tenha demonstrado publicamente sua preferência pela reeleição de Izolda frente à pré-candidatura de Roberto Cláudio, Camilo vem dando sinais de que, internamente, o seu apoio é pela atual governadora na sucessão. 

Em outras oportunidades, Ciro Gomes já chegou a dizer que o deputado federal e vice-presidente nacional do PT, José Guimarães, "seja feliz", caso o PT não aceite a indicação do PDT para a disputa.

CLIMA DE DEFINIÇÃO
Nesta quinta-feira (7), uma série de declarações públicas indicaram que, internamente, os agentes políticos demarcam posição para definir em breve um nome de consenso. 

Nas redes, a governadora Izolda disse que coloca o seu nome "para unir". Através de comunicado, sete partidos anunciaram união em torno do nome da governadora.

Ao mesmo passo, o presidente do PDT cearense, deputado federal André Figueiredo, afirmou, já nesta sexta, que "não haverá chances para atraso".

Fonte: Diário do Nordeste

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