29/08/2022

Quase três meses após a confirmação do primeiro caso, o Brasil já tem quase 4,5 mil pacientes com Monkeypox. Atualização deste domingo, 28, aponta 4.493 confirmações. Outras pessoas 4.860 têm caso ainda em investigação. O Ceará é 10º estado com maior número de confirmações, são 48 casos.

Os dados nacionais são do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) e do Centro de Operações em Emergências – COE/Monkeypox, do Ministério da Saúde (MS).

Na última semana, a pasta nacional recebeu os primeiros tratamentos contra a doença. O antiviral Tecovirimat é indicado para pacientes com risco de desenvolvimento de formas graves da doença. Conforme o MS, os 12 tratamentos recebidos pela pasta foram doados ao Brasil pelo laboratório fabricante.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou "em caráter excepcional e temporário a dispensa do registro do medicamento importado" pela pasta, em virtude da emergência de saúde pública de importância internacional, visto que o Tecovirimat não possui registro no país.

Situação no Ceará 
Ceará soma 48 casos confirmados de Monkeypox. Ao todo 550 notificações de casos suspeitos foram realizadas. Casos mais que triplicaram em duas semanas no Ceará. 

Destas, 227 já foram descartadas após resultado laboratorial dar negativo para o vírus. Outros 220 ainda estão em investigação. Dados atualizados foram divulgados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) neste domingo, 28. 

Todos os casos são de pacientes do sexo masculino. A idade média é de 32 anos, concentrados  principalmente na faixa etária de 20 a 39 anos, conforme boletim publicado na última sexta-feira, 16. 

A maior parcela dos pacientes (38) é de Fortaleza, perfazendo 81,2% do total. Os outros municípios com casos são Maracanaú (2), Barbalha (1), Caucaia (1), Jijoca de Jericoacoara (1), Pacajus (1), Russas (1) e Sobral (1). Um caso é de paciente do Estado do Piaui.

Os sinais e sintomas mais frequentes, segundo o balanço da Sesa, foram erupção cutânea, relatado em 77% dos casos. Febre (56,2%) e adenomegalia — inchaço nos linfonodos, também chamada de íngua — (39,5%) também foram sintomas mais relatados pelos pacientes.

O que sabemos sobre a doença
Como é transmitida?
- Principalmente por meio do contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias; 

- Fluidos corporais (tais como pus, sangue das lesões), contato com alguma lesão ou contato indireto com o material da lesão;

- Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode ser transmitido por meio da saliva; 

- Também pode ocorrer no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, talheres e pratos, que foram contaminados com o vírus por uma pessoa doente.

Como se prevenir?
- Evitando contato com pessoas com caso suspeito e objetos que essas pessoas tenha usado;

- Lavar regularmente as mãos com água e sabão ou utilizar álcool em gel, principalmente após o contato com a pessoa infectada.

Quais os principais sintomas?
- A doença tem período de incubação pode variar de 5 a 21 dias;

- O estágio febril da doença geralmente dura de 1 a 3 dias (febre, dor de cabeça intensa, inchaço dos gânglios linfáticos (ínguas), dor nas costas, dor muscular e falta de energia, calafrio, fraqueza);

- O estágio de erupção cutânea, com duração de 2 a 4 semanas (lesões evoluem de máculas — lesões com base plana — para pápulas — lesões dolorosas firmes elevadas).

Qual a gravidade da varíola dos macacos?
- Além de transmissão menor, a letalidade da varíola dos macacos também é bem menor em comparação à varíola humana. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de mortalidade da doença surgida mais recentemente é de 3% a 6%. A mortalidade da varíola humana chegava a 30%, conforme o órgão.

- Em geral, os pacientes tomam remédios apenas para tratar os sintomas como dor de cabeça e febre. Casos mais graves podem ocorrer em gestantes, idosos, crianças e pessoas que têm doenças que diminuem a imunidade.

Existem vacinas disponíveis que protegem contra a doença?
- As vacinas contra varíola comum (humana) podem conferir alguma proteção contra a varíola dos macacos. Com a erradicação da doença no mundo, em 1980, a vacina deixou de ser aplicada. Pessoas que foram vacinadas há mais de 40 anos contra a varíola humana ainda podem ter alguma proteção;

- Alguns países da Europa e da América do Norte já começaram a vacinar alguns grupos populacionais. O Ministério da Saúde informou que está contato com entidades ligadas à Organização Mundial da Saúde (OMS) para adquirir o imunizante.

Fonte: O Povo

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