Uma família com 4 crianças e 2 adultos foi identificada com suspeita de infecção pela varíola dos macacos em Jati, no Cariri, onde amostras foram recolhidas nesta quinta-feira (4 de agosto de 2022) - os resultados saem em até 30 dias. Os pacientes viviam numa moradia precária e foram encaminhados para uma residência adequada onde estão em isolamento.

Os familiares foram levados de ambulância até o hospital onde foram feitos exames e o repasse de medicamentos e loções para o tratamento das crianças, conforme a Prefeitura de Jati.

As amostras foram colhidas ainda na quinta-feira (4) e repassadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen), em Fortaleza. O resultado dos exames deve ficar pronto entre 15 e 30 dias.

Além desse protocolo, foi necessário retirar as pessoas da casa onde viviam de forma precária. Por isso, o grupo foi encaminhado para uma casa isolada enquanto são feitos reparos e a higienização da residência onde a família mora.

A família está em situação de vulnerabilidade e conta com benefícios sociais de transferência de renda e pagamento do gás de cozinha, além de receber cestas de alimentos. Agora também é feito acompanhamento pela Secretaria de Assistência Social.

Por causa dos casos suspeitos, a Secretaria de Saúde de Jati realizou reunião com a regional para acompanhar os pacientes de perto. “O protocolo está sendo seguido à risca, e o acompanhamento e monitoramento constante da Vigilância em Saúde à família também, o resultado dos exames sairá entre 15 a 30 dias”, destacou em nota.

COMO SE TRANSMITE A VARÍOLA DOS MACACOS?
Entre humanos, o vírus da varíola dos macacos é transmitido por contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de infectados, fluidos corporais ou objetos recentemente contaminados. 

A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) destaca que “não se sabe se a doença é transmitida por vias sexuais (sêmen ou fluidos vaginais, por exemplo), mas o contato direto da pele com a pele com lesões durante a atividade sexual pode propagar o vírus”.

As principais formas de transmissão da varíola dos macacos são:

Contato físico próximo com alguém que tenha sintomas;
Contato com as lesões de pele, fluidos corporais e crostas;
Tocar em roupas, roupas de cama e toalhas contaminadas;
Utilizar talheres que uma pessoa infectada usou;
Contato com a saliva contaminada.

“O vírus também pode ser transmitido da mãe ao feto a partir da placenta, ou de um pai infectado para seu filho após o nascimento através do contato da pele a pele”, acrescenta a OPAS.

Segundo a organização, não está claro se as pessoas assintomáticas podem propagar a doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, a monkeypox “é uma doença que exige contato muito próximo e prolongado para transmissão de pessoa a pessoa, não sendo característica a rápida disseminação”. Apesar disso, o vírus tem potencial epidêmico.

É muito importante fortalecer o sistema de vigilância epidemiológica, para identificação de novos casos e implementação das medidas de isolamento e contenção, assim como o monitoramento de contactantes de casos confirmados.

COMO PREVENIR A VARÍOLA DOS MACACOS?
Evitar contato com pacientes suspeitos ou infectados;
Higienizar as mãos com frequência, com água e sabão ou álcool;
Usar máscaras de proteção.

As medidas também valem para roupas, roupas de cama, talheres, objetos e superfícies utilizadas por pessoas com suspeita ou confirmação da doença. Esses itens devem ser limpos da forma adequada.

QUAIS OS SINTOMAS DA VARÍOLA DOS MACACOS?
Os sinais e sintomas da monkeypox duram de 2 a 4 semanas, conforme a OMS, e desaparecem por conta própria, sem tratamento.

“Recém-nascidos, crianças e pessoas com imunodepressão pré-existente correm o risco de sintomas mais graves e de morte por varíola dos macacos. Profissionais de saúde também estão em maior risco devido à maior exposição ao vírus”, alerta a OPAS.

Os principais sintomas da varíola dos macacos são:

Lesões na pele (erupções cutâneas);
Febre de início súbito;
Inchaço dos gânglios, popularmente chamado de “ínguas”;
Dor de cabeça;
Dores musculares e nas costas;
Calafrios;
Exaustão;
Feridas na região genital, no ânus e na boca.

O período de incubação do vírus monkeypox é “tipicamente de 6 a 16 dias”, mas pode chegar a 21 dias, como explica o Ministério da Saúde. Ou seja, esse é o período que o paciente pode manter sem sintomas após ter contraído o vírus.

As lesões na pele, principal característica da doença, tendem a se concentrar no rosto, palmas das mãos e solas dos pés. Podem também ser encontradas na boca, genitais e olhos, segundo a OMS.

Fonte: Diário do Nordeste

Post a Comment