06/01/2023
O Ceará vive uma situação hídrica confortável em relação aos anos anteriores de grandes secas. O ano de 2023 iniciou com mais de 31% de aporte hídrico acumulado nos 157 açudes monitorados pelo Governo do Ceará, o que representa um total de 5,78 bilhões de m³ de água acumulada. É o maior acumulo dos últimos anos, que registraram em 21,10% em 2022; 24,98% em 2021 e 14,42% em 2020.
Quando analisado por região, o aporte hídrico é mais satisfatório nas regiões do Coreaú, Acaraú, Serrá da Ibiapaba, Litoral, Região Metropolitana e Baixo Jaguaribe, que tem um aporte de 73,4%. Na contramão dos grandes aportes se encontram as regiões do Médio Jaguaribe, Sertões de Crateús e Banabuiú, que possui o menor acumulado do estado, com apenas 9,9%.
Atualmente, existem três açudes com mais de 90% de acumulação (Aracoiaba, Caldeirões e Rosário) e um açude em sangria (Germinal, em Palmácia). O volume total dos açudes cearenses não atingia uma posição tão confortável desde 2013, conforme a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
Em 2022, o açude Orós, um dos três maiores do estado, chegou a 50% de aporte, o maior número desde o ano de 2014. A quadra chuvosa deste ano também possibilitou uma boa recuperação do açude Castanhão. O reservatório hoje registra marca de 17,79% de volume, o que representa um volume de 1.326,11 hm³. Outro destaque no ano de 2022 foi a Região Metropolitana de Fortaleza, que atingiu 100% de aporte em seus reservatórios, excluindo a necessidade de transferência de água do Açude Castanhão para a Grande Fortaleza.
O panorama hídrico do estado traz tranquilidade, mas ainda inspira cuidados, principalmente nas regiões onde os aportes não foram expressivos e as chuvas não foram satisfatórias. Ainda no mês de janeiro a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) deve divulgar o prognóstico de chuvas para o primeiro trimestre do ano.
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