O cirurgião plástico e celebridade de televisão Dr. Rey se ofereceu nesta sexta-feira (9) para ser ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Rey
esteve na manhã desta sexta na porta do condomínio do presidente eleito, na
Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, mas não
foi recebido pelo capitão da reserva, que estava no momento da
visita em reunião com o embaixador
da Argentina. Bolsonaro também recebeu nesta manhã o embaixador da Alemanha no
Brasil.
Dr.
Rey chegou a se candidatar a uma vaga como deputado federal por São Paulo pelo
PSC em 2014, mas não conseguiu se eleger. Este ano, chegou a cogitar disputar a
presidência da república pelo PRB.
Ele
contou que conheceu Bolsonaro quando os dois eram filiados ao PSC. Na chegada ao
local, disse ser de direita, assim como o presidente eleito.
Filho
de pai americano com mãe brasileira, Rey emigrou para os Estados Unidos aos 12
anos de idade. Ele ficou famoso por um programa
de televisão de cirurgias plásticas nos EUA, exibido no
Brasil pela RedeTV, motivo pelo qual ficou conhecido como Dr. Hollywood.
Nesta
sexta, antes de tentar uma reunião com o presidente eleito, Rey defendeu a extinção do SUS (Sistema
Único de Saúde) e a criação no Brasil de modelo semelhante ao existente nos
EUA, com a população sendo atendida na rede privada por meio de seguro de
saúde.
Segundo
Rey, o
sistema brasileiro é "terrível" e um "crime
contra a humanidade". "Quero trazer para o Brasil um sistema de saúde
mais americano, porque o sistema de saúde brasileiro é terrível, é um crime
contra a humanidade", disse.
Ele
explicou que o modelo que ele pretende é que todos os brasileiros ganhem um "vale" para
utilizar no sistema de saúde privado. Ele criticou a demora para atendimento no
sistema atual do país.
"Com
aquele vale terão 10 ou 12 companhias de seguro que vão competir [pelos
clientes]. Que nem nos Estados Unidos. Todo brasileiro terá seguro privado. O
que acontece no SUS é um crime. Eventualmente, eu queria fechar o sistema
brasileiro. Esperar dois anos para um mamograma nos seios é um crime contra a
humanidade."
Rey
disse que além da formação como médico, também tem diploma de economia em Harvard.
Com essas credenciais, disse poder ocupar cargos diversos, a depender da
disponibilidade.
"Seria
legal ter no governo alguém da mídia, como eu, ou conhecido internacionalmente.
A ideia é criar um governo bem internacional. Espero que eu seja considerado
para ministro da saúde, ou com algum cargo lá dentro, ou embaixador brasileiro
no exterior porque eu sou muito conhecido lá fora", disse.
O
cirurgião celebridade, contudo, não chegou a se reunir com o presidente eleito.
Ele mesmo havia dito antes de entrar no condomínio que a conversa não estava agendada e
que corria o risco de levar uma "porta na cara". (Folhapress)
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