O
presidente Jair Bolsonaro (PSL) admitiu, na manhã desta sexta-feira (5/4), em
entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto, que não está satisfeito com a
gestão do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrigues. "Não está dando
certo", afirmou o presidente.
Bolsonaro
também disse aos jornalistas que teve uma longa conversa com o ministro, na
tarde dessa quinta-feira (4/4), quando detalhou os problemas que enxerga no
ministério. Ele não revelou os erros apontados ao ministro.
Sobre
a permanência de Vélez no cargo, o presidente foi taxativo: "Esperem
segunda-feira (8/4). De algum jeito será decidido". Perguntado sobre o
desempenho do ministro, o presidente se calou. Preferiu destacar as qualidades
pessoais de Vélez. Para Bolsonaro, o ministro "é uma boa pessoa, de
coração grande, bom para conversar."
No entanto, em Campos do Jordão (SP), Vélez afirmou que não vai entregar o cargo. A declaração foi dada após ser questionado sobre a declaração de Bolsonaro. O ministro indicou que, se deixar a pasta, será apenas por uma decisão do presidente.
No entanto, em Campos do Jordão (SP), Vélez afirmou que não vai entregar o cargo. A declaração foi dada após ser questionado sobre a declaração de Bolsonaro. O ministro indicou que, se deixar a pasta, será apenas por uma decisão do presidente.
Gestão
O
ministro Ricardo Vélez Rodrigues está na corda bamba desde que entrou em rota
de colisão com Olavo de Carvalho, reconhecido 'guru' do presidente, e militares
que ocupam postos chaves no governo federal.
O
descrédito de Vélez está relacionado a declarações polêmicas, entre
elas a obrigatoriedade da execução do hino nacional nas escolas de
ensino fundamental e médio, ideia da qual ele acabou voltando atrás; a frase de
que as universidades públicas "não são para todos"; a de que
brasileiros 'Viajando são canibais"; a de querer colocar em livros
didáticos patrocinados pelo MEC slogan de campanha de Bolsonaro, o que é vetado
em lei; e a proposta de revisar
livros didáticos que abordam o golpe de 64.
O
caso mais ruidoso, no entanto, aconteceu durante sabatina na Câmara dos
Deputados, na quinta-feira passada (27/3), quando a deputada Tabata Amaral
(PDT/SP) perguntou ao ministro, depois de uma crítica enfática à gestão
dele: "Cadê
os projetos, ministro?".
(Jornal Estado de Minas)
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