Pescadores cearenses inscritos no seguro-defeso representam 1% de todo o País. FOTO: NATINHO RODRIGUES |
Acostumados
a tirar o sustento da água doce e da salgada, agora serão os 7 mil pescadores
artesanais cearenses que passarão pelas redes de malha fina do Governo Federal.
Ainda neste ano, deve ocorrer um recadastramento nacional da categoria para
coibir a concessão irregular do seguro-defeso, que, segundo a União, atinge até
65% dos benefícios, gerando despesas de quase R$ 2 bilhões em todo o País.
Representantes
de colônias do Ceará veem a iniciativa como positiva, mas avaliam que ela não
terá o efeito de corte de gastos pretendido. Isso porque, segundo eles, não há
renovação dos cadastros pesqueiros desde 2014. Atualmente, a emissão de
carteiras de pesca está suspensa por recomendação da Controladoria-Geral da
União (CGU), por suspeitas de fraudes.
O
plano federal é que os pescadores sejam recadastrados através de um sistema
interligado a órgãos fiscais e de controle, para que as informações sejam
cruzadas a fim de impedir novas irregularidades.
Até
o ano passado, de acordo com dados do Portal da Transparência, havia 7.202
beneficiários do seguro-defeso no Estado, o que representa 1% de todo o País. O
número também coloca o Ceará em penúltimo na Região Nordeste - bem distante dos
quase 140 mil pescadores beneficiados no Maranhão, por exemplo. (Diário do Nordeste)
Postar um comentário