FOTO: Thiago Gadelha |
A
Avianca Brasil sofreu mais um duro
golpe. Nesta semana, desembarcam na capital paulista executivos
da Avianca Airlines - a empresa
"mãe" do grupo colombiano também controlado pelo
empresário Germán Efromovich - para desenhar
a nova estrutura do conglomerado após o cada vez mais
provável fim da Avianca Brasil.
Os
colombianos já conversam, inclusive, com Azul, Gol e Latam para acordos de compartilhamento de voos dentro do
território brasileiro. Após a Avianca Brasil ter perdido mais
de 50
aviões nos últimos meses por falta de pagamento às
empresas de arrendamento, executivos do grupo começaram a estruturar a nova
operação brasileira da chamada Avianca Airlines, o grupo da Colômbia e filiais
na América Latina, já
sem o braço brasileiro.
A
medida é encarada por executivos do setor aéreo como, simbolicamente, uma pá de
cal na remota hipótese de sobrevivência
da marca no Brasil. O compartilhamento de voos com Azul,
Gol e Latam, segundo pessoas próximas às negociações, permitirá que um
brasileiro voe em trecho doméstico por concorrentes para, então, embarcar em
avião da Avianca Airlines rumo ao exterior.
A
intenção da colombiana é fechar esses contratos no segundo semestre.
Atualmente, todos os compartilhamentos de voos do grupo no País são com a
Avianca Brasil.
O
grupo colombiano quer ainda construir
uma estrutura comercial no Brasil para a venda de bilhetes
internacionais. Atualmente, a marca mãe tem voos diretos para Bogotá e Lima,
que seguem normalmente. Diante da imagem arranhada da marca no Brasil, a busca
por esses voos diminuiu sensivelmente.
Vendas.
Operados pela Avianca Colômbia e Peru, os trechos são vendidos pela Avianca Brasil. Com a
crise local, o grupo corre para montar uma equipe própria em São Paulo.
Outra
frente de mobilização é na operação. Todo o pessoal de solo é formado por
funcionários da Avianca Brasil. Com salários atrasados e risco de a empresa
fechar, o grupo colombiano começou
a negociar com empresas terceirizadas para o recebimento
os passageiros nos aeroportos no Brasil.
O
grupo colombiano Avianca segue operando normalmente, mas não vive momento de
bonança e, recentemente, anunciou a
redução das operações. Em março, a empresa comunicou o fim dos
voos para Chicago e Boston, além da redução de frequências para Nova York a
partir de capitais latino-americanas.
A
empresa explicou a decisão como uma estratégia para aumentar sua
lucratividade. Além disso, a Avianca Colômbia reduziu o pedido de aviões à
europeia Airbus para os próximos anos. Dos modelos que seguem no pedido, a
empresa solicitou à fabricante dos jatos o adiamento da entrega dos modelos em
alguns anos. (Estadão)
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