Cariri. A economia da indústria local passou por recuo em 2015. Nos onze primeiros meses de 2015, houve redução de 2.201 postos de trabalho industriais. Os dados são do Relatório Interno do Núcleo de Economia e Estratégia, elaborado pela Federação das Indústrias do Ceará (Fiec). Como divulgado, o maior saldo negativo foi registrado pelo setor calçadista e de construção civil, com 519 e 868 demissões no período, respectivamente. O resultado é o pior índice dos últimos cinco anos. Em relação ao Estado, conforme Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Regional, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a variação na indústria cearense teve retração de 9,4% nos 11 primeiros meses de 2015.

Segundo Marco Tavares, diretor da Fiec no Cariri, os segmentos de confecções e alumínio também apresentam queda no último ano e contribuíram para o quadro final apresentado. Apesar dos números, informações da Fiec apontam os municípios que compõem o Cariri como responsáveis por responder por R$4,5 bilhões da economia cearense. A região participa com 6,6% do Produto Interno Bruto (PIB), 5% do PIB Industrial, 8% de estabelecimentos comerciais e 7,2% de empregos formais.

“Nós perdemos muitos empregos diretos e indiretos. Foi um ano muito difícil não só em termo de vendas, mas de liquidez. O próprio Governo Federal prejudicou a indústria em termos de decisões que não foram tomadas, como reforma tributária, reforma trabalhista e com os juros exorbitantes que temos hoje”, afirma, apontando alguns dos motivos que considera como geradores negativos no desenvolvimento da indústria.

Mediante os resultados, o diretor se mostra confiante para o ano de 2016. “O empresário industrial brasileiro é trabalhador, tem uma mente muito boa para trabalhar e incrementar. É o que estamos fazendo: trabalhando e arregaçando as mangas para ver se o nosso país e nossa indústria retomam. Não temos uma previsão, uma certeza de nada. Mas não desistimos. Continuamos a trabalhar para buscar novas formas de a gente fomentar o crescimento e o desenvolvimento”, finaliza Marco.                     (Jornal do Cariri)

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