Após dois meses consecutivos de queda, a atividade econômica do Ceará apresentou crescimento de 0,4% em junho, em comparação com maio. No entanto, nos seis primeiros meses do ano, o Estado já acumula queda de 5,5%. No acumulado de 12 meses encerrados em junho, a retração foi de 5,4%, na série dessazonalizada (ajustada para o período). E na comparação com junho de 2015, a queda foi de 5,0%. Os dados são do Índice de Atividade Econômica Regional - Ceará (IBCR-CE), divulgado ontem pelo Banco Central (BC).
Segundo o professor de Economia da Universidade de Fortalerza (Unifor) e ex-presidente do Conselho Regional de Economia, Allisson Martins, o resultado está relacionado com o mau desempenho do setor de serviços, que tem peso relevante na economia cearense. Ele arrisca, entretanto, que o Estado está saindo "do fundo do poço".
Com o pequeno avanço registrado em junho, a atividade econômica do Estado teve um desempenho melhor do que a média registrada no País (0,23%) e no Nordeste (0,1%) no mesmo período, também nas séries dessazonalizadas. Em maio, informou o Banco Central, o índice no Ceará havia registrado queda de 0,9% e, em abril, de 0,3%.
Ainda no último mês de maio, a economia da região Nordeste recuou 0,1% na comparação com março, também na série dessazonalizada. No ano de 2016, a retração da economia nordestina já chega a 4,8%, enquanto em 12 meses o recuo é de 4,1%.
Nordeste
No acumulado do ano, a atividade econômica na região Nordeste sofreu queda de 4,7%. No acumulado dos últimos 12 meses, por sua vez, a retração foi de 4,4%. Já na comparação com junho de 2015, a atividade econômica nordestina se retraiu 4,0%, de acordo com o Índice de Atividade Econômica Regional - Região Nordeste (IBCR-NE).
Brasil
No segundo trimestre deste ano, a atividade econômica no País registrou queda de 0,53%, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado, comparado com o período de janeiro a março deste ano. Na comparação com o segundo trimestre de 2015, a queda atingiu o patamar de 4,37%, segundo os dados sem ajustes, já que a comparação é feita entre períodos iguais.
No primeiro semestre deste ano, houve retração de 5,96% na economia brasileira, enquanto que, em 12 meses encerrados em junho, a queda foi de 5,67%, Ainda segundo o Banco Central, na comparação com junho de 2015 a queda foi de 4,26%, nas séries dessazonalizadas.
Expectativa
Para o fim de 2016, os economistas e as instituições financeiras consultados pelo Banco Central esperam uma retração da atividade econômica de 3,23% no ano, de acordo com o boletim Focus divulgado na última segunda-feira (8). Houve, informou a publicação, uma leve melhora na comparação com a semana anterior, quando a previsão era de um recuo de 3,24%. A estimativa de retração do PIB para 2017 foi mantida em 1,1%, de acordo com a pesquisa.
Considerado pelo mercado como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.      (Diário do Nordeste)

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