Agora,
o texto deverá seguir para a homologação do ministro da Educação, Mendonça
Filho (DEM). Em nota, o responsável pela pasta disse que a nova base deixa o
Brasil em harmonia com os melhores e mais qualificados sistemas educacionais do
mundo.
Estados
e Municípios terão dois anos para implementar a base em suas grades
curriculares. Ou seja, a revisão dos currículos deve acontecer em 2018, para
que em 2019 a nova base já seja implementada.
A
alfabetização é uma das principais mudanças. Antes, as crianças deveriam saber
ler e escrever aos oito anos, quando completavam o 3º ano do ensino
fundamental. Agora, esses alunos devem ser alfabetizados até os sete anos de
idade. Outra mudança polêmica fica por conta do ensino religioso, que passará a
ser obrigatório ensino fundamental.
O
coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara,
considera perigoso categorizar o ensino religioso como uma área no currículo.
Para ele, isso toma tempo da escola, que poderia trabalhar questões mais
significativas como o preparo da pessoa para a cidadania e o mundo do trabalho.
"Essa é a missão da educação no Brasil". Ele lembrou ainda a
laicidade do Brasil.
Opinião
contrária tem o ministro Gilmar Mendes. Em entrevista ao El País Brasil, em
setembro, o magistrado ironizou a questão. Ele perguntou se algum dia o Cristo
Redentor vai ter que ser retirado do Corcovado por simbolizar influência cristã
no Brasil.
Entre
os 24 conselheiros do CNE, 20 votaram a favor da aprovação da BNCC. O documento
não é válido para o ensino médio que, conforme o MEC, terá ainda sua própria
base.
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