Governador do Ceará, Camilo Santana, apontou o pré-candidato Ciro Gomes (PDT) como o "principal nome para unir as esquerdas e garantir" legado de Lula. FOTO: Agência Brasil |
Em
entrevista ao jornal Estado de São Paulo, o governador do Ceará, Camilo Santana
(PT), disse estar convicto de que o ex-presidente Lula, condenado e preso na
Lava-Jato, não conseguirá disputar a Presidência em outubro. Caso confirmado
este cenário, Camilo defendeu que o PT apoie a candidatura do ex-ministro Ciro
Gomes (PDT), seu padrinho político, e indique o ex-prefeito de São Paulo
Fernando Haddad (PT) como vice. Segundo ele, o PT "não pode apostar no
isolamento suicida".
Questionado
sobre a estratégia de setores do PT de insistir na candidatura do
ex-presidente, Camilo respondeu ao Estadão em tom realista e pragmático.
"Não
acredito que vão deixar o Lula ser candidato. Isso é um fato. Não adianta a
gente se enganar. Acho que ele poderá contribuir muito nesse processo
eleitoral, mas não como candidato".
O
governador enfatizou para o Estadão que aposta em Ciro como alternativa do
campo progressista na corrida presidencial. "Ciro é hoje, sem dúvida
nenhuma, o principal nome para unir as esquerdas e garantir as conquistas
sociais alcançadas durante os 12 anos do PT no poder. Ciro sempre foi um aliado
fiel".
Camilo
desaconselhou "radicalismos" e "isolamento suicida" na
discussão do PT sobre os possíveis cenários sem Lula.
"Acho
que o PT tem uma grande oportunidade de fazer esse debate. Não podemos nos
isolar. O momento é de união, não de isolamento. O momento não é de
radicalismos, isso não vai levar a nada. O momento é de reflexão, serenidade,
desprendimento. Acho que quem pensa de verdade no partido, na sua história de
luta, de conquista, não pode apostar no isolamento suicida", disse ao
Estadão. (Diário do Nordeste)
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