Pouco
mais de um mês após o início da 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra a
Influenza, o Ceará se estabeleceu como o primeiro Estado do Nordeste a atingir
a meta de 90% de cobertura vacinal. Em âmbito nacional, o Estado foi o terceiro,
seguindo Goiás e o Amapá.
Durante
a tarde de ontem (6), foi registrado o total de 1.713.512 doses aplicadas em
pessoas que fazem parte dos grupos populacionais prioritários. "Estamos
orientando os municípios a continuarem vacinando, porque nem todos alcançaram a
meta ainda, então eles precisam continuar vacinando e dando atenção a esses
grupos, principalmente crianças e gestantes", destaca Ana Vilma Braga,
coordenadora de imunização da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).
O
cálculo da cobertura dos grupos prioritários inclui professores (115,29%),
trabalhadores da saúde (108,17%), mulheres em fase de pós-parto (101,32%),
indígenas (92,87%) e idosos (91,04%). As gestantes estão com cobertura vacinal
de 81,35%, enquanto as crianças estão em 80,24%.
Conforme
dados da Sesa, para a vacinação de toda a população prioritária, de 1.903.955
pessoas, ainda faltam ser vacinadas 9.588 crianças de seis meses a menores de 2
anos, 104.180 crianças de 2 anos a menores de 5 anos, 17.639 gestantes, 1.853
indígenas e 82.899 idosos. "Os municípios têm até o dia 15 de junho para
alcançar essa cobertura vacinal. Até esse dia, ainda estaremos trabalhando na
campanha de vacinação, então eles têm a próxima semana inteira para trabalhar
nesses grupos prioritários", diz a coordenadora de imunização.
Doses
Do
total de 184 municípios cearenses, 129 tiveram os 90% de cobertura vacinal.
Destes, 68 atingiram a meta em todos os grupos prioritários da campanha, outros
36 municípios estão com número de imunizados entre 80% e menos de 90%, e 19
estão com cobertura vacinal abaixo de 80%.
Ao
todo, 2.083.028 pessoas receberam a dose no Ceará, incluindo grupos
prioritários que não contam para o cálculo da cobertura, como a população
privada de liberdade e os funcionários do Sistema Prisional.
O
alcance da meta de vacinação não representará, porém, mais doses para o
restante da população. "Todas as vacinas foram utilizadas para o grupo
prioritário. Só seria possível abrir para o resto da população se a meta não
tivesse sido alcançada. Os outros Estados que estão com dificuldade de alcançar
a cobertura dos grupos prioritários, caso não atinjam a meta, podem
abrir", explica Ana Vilma Braga. Segundo ela, não será disponibilizada
cota extra de doses.
O
último boletim epidemiológico da Influenza divulgado na sexta-feira (1º), pela
Secretaria da Saúde, informa que o Ceará chegou a contabilizar 372 casos de
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza. Destes, 71,5% pertencem
ao subtipo H1N1, com 266 casos.
Proteção
Segundo
dados do boletim, o Estado teve um total de 59 óbitos por Influenza. O ano de
2018 teve o maior número de casos de SRAG pelo vírus, apresentando também a
maior incidência da Síndrome, com 4,15 casos por 100 mil habitantes.
"Essa
campanha se traduz na diminuição dos casos e dos óbitos, e assim estamos com a
nossa população prioritária protegida contra a Síndrome Respiratória Aguda
Grave, e até as pessoas que não se vacinaram ficam protegidas, porque essa é a
chamada 'proteção coletiva' ou 'de rebanho'. Quando um grupo toma a vacina, há
uma diminuição da circulação do vírus, e toda a população se protege", diz
a coordenadora de imunização.
(Diário do Nordeste)
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