
Outra
ocorrência característica do Estado tem sido a diminuição da vazão de corpos
d’água em 49 municípios, seguido de poluição e assoreamento em 21 e 17 cidades,
respectivamente. Essa situação é comum a quase todos os estados do Nordeste e
decorre tanto da ação humana direta como da escassa cobertura de saneamento e,
no caso do Ceará, dos seis anos ininterruptos de seca . Os números se agravam
quando são analisadas as consequência dessas ocorrências.
O
estudo aponta, por exemplo, que, em 2017, dos 184 municípios do Estado, 88%
tiveram perdas financeiras, 80% tiveram perdas de animais, 93% tiveram perdas
ou redução da produção agrícola e 30% viram surgir ou aumentar áreas
desertificadas — áridas, inférteis.
Para
minimizar esses danos, a gestão pública cearense, ainda segundo o IBGE, tem
priorizado escavação de poços, construção de cisternas e distribuição de água
por carro-pipa. Outras ações menos emergenciais, porém, mais duradouras, como
uso sustentável dos recursos naturais, recuperação da vegetação e incentivo
público à agricultura adaptada ao clima e ao solo da região são menos
disseminadas. Chegam a 50, 27 e 49 cidades, respectivamente.
Quando
se trata da destinação de recursos financeiros para serviços de conservação e
recuperação do meio ambiente, o estudo revela que somente 9,7% dos municípios
se comprometem com o assunto.
Todos
esses, que se resumem a 18 cidades, investem recursos próprios. Somente um
recebe, também, capital federal, privado e oriundo de doações. (O Povo)
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