Enquanto
o governo se esforça para tentar incentivar a atividade na construção civil com
aumento dos financiamentos, o mercado de crédito habitacional teve um revés
importante: a Caixa
Econômica Federal anunciou que acabou o dinheiro para
financiar a compra de imóveis usados na linha
pró-cotista. Essa linha é depois do programa Minha Casa Minha Vida a
com menores taxas de juros do banco, além de usar recursos do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FGTS).
Segundo
a Caixa, todo o limite de R$ 1,4 bilhão previsto para o ano de 2018 já foi
emprestado aos clientes. “A modalidade encontra-se suspensa para novas
prospecções e o orçamento atualmente disponível está destinado para as propostas
em andamento”, cita o banco em nota. A linha financiava a compra de imóveis com
juros de 7,85% a 9,01% ao ano e prazo de 60 a 360 meses.
Para
retomar novos financiamentos nessa linha de crédito, o banco diz que seria
necessário o remanejamento de recursos do FGTS. Essa medida já foi tomada em
anos anteriores, quando os recursos disponíveis também se esgotaram nessa linha
de crédito. Eventual remanejamento deve ser decidido pelo Conselho Curador do FGTS.
A
Caixa destaca que ainda há recursos na linha pró-cotista para a compra de
imóveis novos. Nesse segmento, foram destinados R$ 2 1 bilhões para o ano e os
recursos ainda não esgotaram.
Atualmente,
a linha pró-cotista opera com taxas de juros ao tomador entre 6% e 8% ao
ano.
Todas
as demais operações de crédito imobiliário da Caixa continuam operando
normalmente. Entre as operações disponíveis, a linha mais barata é destinada às
famílias com renda de até R$ 2,6 mil por mês e que podem financiar a compra de
um imóvel novo no programa “Minha Casa, Minha Vida” com juros de até 5,11% ao
ano e até 360 meses para pagar na faixa 1,5 do programa habitacional.
O
financiamento habitacional mais caro do banco federal é o que usa carta de
crédito do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) no Sistema de Financiamento
Imobiliário. Nesse segmento que não tem limite de renda familiar, a Caixa
empresta com juros de até 11,25% ao ano e 420 meses para pagar. (Estadão)
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